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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Lisboa é uma cidade mal gerida

Em termos de gestão do ambiente e da qualidade do ar, Zurique ganha ao resto das grandes cidades europeias. E Lisboa, num total de 23, aparece como a 22ª, ou seja, numa posição que nos envergonha e que mostra a falta de interesse ou de competência dos dirigentes da nossa capital, em matéria de medidas que melhorem a qualidade do ambiente da cidade.

Ao ver estes dados lembrei-me de vários comentários de amigos meus, estrangeiros, que acham que Lisboa tem uma situação privilegiada em termos de paisagens, de localização e mesmo de clima, mas dá, ao mesmo tempo, a ideia de uma urbe pouco cuidada e caótica.

Começar pelos outros

Jean-Paul Sartre, o filósofo de há tempos passados, era um pessimista. Achava que o inferno eram os outros.

Lembrei-me dele quando estive no Butão. Neste reino dos Himalaias, os outros são a salvação. O budista butanês, ao entrar no templo, dedica a primeira recitação ao bem-estar dos outros. Reconhece, assim, que a sua tranquilidade depende da felicidade dos outros. Mas nunca dirá que os outros são a causa da sua agitação. Aprendeu, desde pequeno, a olhar a vida pelo lado positivo.

P1080359.JPG

Copyright V.Angelo

 

Retomar o contacto com a Guiné-Bissau

A mesa-redonda de doadores da Guiné-Bissau, que teve lugar em Bruxelas na quarta-feira, atraiu um elevado número de participantes. Um número que me surpreendeu, devo acrescentar. Também é verdade que muitos estiveram presentes mais como observadores do que como parceiros do desenvolvimento da Guiné. Este facto levou algumas personalidades amigas do país a comentar, após a reunião, que a mesa-redonda teve muita parra mas pouca uva. Mostravam, assim, a sua decepção, sobretudo porque vários países não prometeram qualquer tipo de ajuda.

Creio, no entanto, que o saldo é positivo. Foi, por um lado, um passo importante para a normalização das relações com o governo de Bissau. Politicamente, isto é muito importante. Permitiu, igualmente, definir melhor as prioridades. E mostrou que o governo era capaz de fazer uma análise serena das dificuldades e reconhecer, em seguida, quais as medidas que deverão ser tomadas. Ora, tudo isto é de apreciar.

Os desastres dos políticos

O acidente com o avião da companhia alemã Germanwings continua a dominar as notícias na nossa parte da Europa.

Esta tarde François Hollande, Angela Merkel e Mariano Rajoy visitaram o local que funciona como centro de operações, a poucos quilómetros do local do embate na montanha. Haverá quem critique estas deslocações, dizendo que mais não são do que exibição política. Se esses dirigentes tivessem decidido ficar nos seus gabinetes, à espera das notas de informação, muitos outros criticariam aquilo a que chamariam de falta de sensibilidade política.

Quando se lidera, há que saber fazer escolhas. Neste caso, a opção mais correcta era bem clara. Foi isso que os três líderes fizeram.

Vale mais pecar por excesso que por defeito. E um líder tem que mostrar empenho pessoal na resolução e esclarecimento de algo que é visto como um drama público e de grande interesse para muitos. Tem também que dar apoio aos que, com muita abnegação, intervêm na resposta a este tipo de acidentes, bombeiros, polícias, pessoal de saúde, funcionários da administração local, etc. A experiência diz-me que essas manifestações de apoio são altamente apreciadas por quem anda no terreno, ao vento e ao frio, no contacto com a dor e destruição.

Reforçar a Comunidade

Passei a manhã a discutir matérias relacionadas com o funcionamento da CPLP, a organização que agrupa os países de língua oficial portuguesa. E fiquei impressionado pela clareza do diagnóstico que foi feito pelo Secretário Executivo. É verdade que o Embaixador Murade Murargy é um diplomata moçambicano com vastíssima experiência das relações internacionais e da política. Ainda bem que está à frente do Secretariado da CPLP. Só posso desejar-lhe que o ano e picos de mandato que lhe resta seja um período de consolidação de algumas das suas ideias.

Eleições em França

Na França, os resultados eleitorais de hoje são melhores do que se temia. A Frente Nacional de Marine Le Pen, um partido que é uma ameaça à democracia, à paz social e à Europa, um ninho de víboras racistas, xenófobas e de inadaptados face aos desafios actuais, víboras que vivem da exploração fácil do populismo e dos medos colectivos, não teve o sucesso que se temia e que todos anunciavam. Mesmo se um em cada quatro franceses vota na Frente Nacional, a verdade é que no momento decisivo, a maioria decidiu com moderação e disse não aos radicais de direita.

Constata-se uma viragem à direita, reconheço. Trata-se, no entanto, da direita republicana, sem extremismos. Uma direita que respeita a diversidade étnica e cultural, que define a sociedade francesa de agora. Uma direita que sabe que sem a participação construtiva da França o projecto europeu não terá futuro.

Quanto ao partido de François Hollande, o PS, os resultados preliminares mostram que a erosão política parece estar a ser contida.

Os dois lados da medalha

Os últimos dias têm sido férteis. As manifestações de incompetência e parvoíce do governo sucedem-se umas às outras. Os casos mais emblemáticos, no pior sentido, terão sido a loucura do chamado programa VEM, que bateu muitos dos níveis anteriores do ridículo político, e a incapacidade de gerir a tempestade num copo de água à volta das listas especiais no sistema tributário.

Do outro lado do espectro, para a boa sorte do governo, a oposição mostrou ser, ela própria, tão incompetente e tola como a malta do poder. Mostrou, ainda, que anda à deriva e que não tem coragem política para falar claro.

Os presidenciáveis

Perguntava a Visão de ontem, a seis personalidades públicas, qual deveria ser o perfil do próximo Presidente da República portuguesa. Cada inquirido teceu uma série de considerações, mais ou menos vagas, sobre a questão.

Se me tivessem interrogado, diria de modo resumido, que o candidato ideal deveria ser uma pessoa capaz de reestabelecer a credibilidade da função e com uma visão moderna do futuro do nosso país, incluindo a capacidade de equacionar a posição de Portugal no xadrez internacional. Acrescentaria ainda que o momento exige uma candidatura que saiba o que significa ter de ganhar a vida para além do funcionalismo público, da comodidade das cátedras académicas e das almofadas partidárias.

Somos muito únicos

Enquanto outros discutem estratégia, segurança interna e posicionamento internacional, reforma e modernização da educação, políticas de emprego, investimento e comércio global, e outras matérias de interesse nacional, em Portugal discute-se, há semanas, a existência ou não de uma lista VIP na área da tributação das pessoas. Parece mentira, mas não é. Embora ninguém acredite, fora das fronteiras que definem a nossa pequenez nacional, que essa questão da lista seja, nos tempos que correm, o tema principal das preocupações políticas portuguesas.

Temos, de facto, um país muito peculiar. Só que com debates desses nem a Badajoz chegaremos.

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