A menos de 24 horas da cimeira do Eurogrupo, qual é o prognóstico? Aqui está uma pergunta arriscada. A resposta parece-me poder ser, com esta antecedência e com todos os riscos de errar, que a reunião não será conclusiva. As portas da negociação ficarão ainda entreabertas, mas notar-se-á um clima na sala pouco favorável a um acordo que não tenha garantias muito sérias de poder ser implementado. Não vai ser fácil para o governo grego.
Escrever análises com base em sondagens de intenções eleitorais tornou-se, nos últimos tempos, bastante arriscado. Os inquéritos de opinião enganaram-se no caso das eleições legislativas de Israel bem como nas britânicas e voltaram a falhar no que respeita ao referendo grego.
A partir de agora é preciso tratar as sondagens com pinças.
E ver se as metodologias de inquérito mudam ou não. O erro está na maneira hoje ultrapassada de proceder à inquirição das amostras. Continua a utilizar-se o telefone fixo como ponto de contacto numa altura em que muitos, sobretudo os mais jovens, só se servem de aparelhos móveis. E mesmo os mais velhos…