As televisões e os burros
Fora dos meses de Estio, a minha vida não me permite ver os canais de televisão portugueses. Tal só é normalmente possível a partir de finais de junho de cada ano.
Estamos, pois, na altura em que espreito umas coisas nos nossos ecrãs.
E chego facilmente a uma conclusão: os patrões dos programas televisivos portuguese tratam os portugueses como sendo burros.
Nos canais generalistas, o nível da programação é meramente imbecil. E nos canais sujeitos a pagamento, os chamados de cabo, ou se fala horas a fio de futebol, no sentido mais rasca deste desporto, ou então aparece uma sucessão de comentadores, uns mais exaltados do que os outros, mas tudo da mesma estirpe intelectual, ou seja, um conjunto e uma séria de fala-baratos a repetir as mesmas coisas e os lugares comuns habituais, sem qual sombra de profundidade, de ponderação, enfim, uns analistas que não passariam nenhum teste de habilidade numa maneira mais séria de encarar a opinião pública.
Por isso, espreito apenas. E desligo poucos minutos depois.