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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Um processo de paz para a Síria

A reunião de hoje em Viena abriu pela primeira vez a possibilidade de uma via diplomática para a resolução da grave crise que a Síria vive há quase cinco anos. É evidente que se trata de um processo negocial muito difícil e que pode falhar. Mesmo assim, deve reconhecer-se que se deu um passo em frente. A política da paz tem agora a oportunidade de tomar a primazia.

Entretanto, é fundamental intensificar a luta contra os terroristas do Estado Islâmico. Há que destruir a sua estrutura dirigente e cortar as suas fontes de financiamento. E, ao mesmo tempo, ter a coragem de denunciar os governos que, sub-repticiamente, continuam a apoiar esses fanáticos. Esses governos não podem estar em Viena, à volta da mesa das conversações a dizer uma coisa enquanto prosseguem, na região, políticas e acções que favorecem os interesses do Estado Islâmico.

Foi mais uma cimeira para nada

Três dias depois da minicimeira sobre o corredor humano dos Balcãs, eis que a Alemanha acusa a Áustria de empurrar ondas de imigrantes através da fronteira, passando assim a batata quente para o lado alemão. Ambos os países estiveram na cimeira, onde ficou combinado que nada seria feito por um Estado sem informar o vizinho das possíveis consequências.

Na realidade, a reunião de domingo foi coisa pouca para um problema tão vasto. A Alemanha continua a receber uma média de 10 000 novos candidatos ao refúgio por dia e os Balcãs, por seu turno, não sabem o que fazer perante os milhares que passam por lá.

O frio já começou a apertar. Mas mesmo assim, não há sinais de abrandamento dos movimentos migratórios. Tal só virá a acontecer mais tarde, quando o Outono estiver perto do Inverno e se tornar claro que o percurso é demasiado arriscado. O tempo frio nos Balcãs mete respeito.

Esse afrouxamento da pressão dará alguma margem de manobra aos países europeus para preparar uma resposta mais consentânea com a gravidade da situação. Dará sobretudo tempo para que se procure encontrar o que até agora não aconteceu, ou seja, uma resposta europeia a um problema que é de todos. Há que entender, de facto, que o problema toca a todos, directa ou indirectamente, e que a solução deve estar baseada num compromisso comum.

O refém anunciado

Tudo indica que António Costa irá ser, por algum tempo, primeiro-ministro de Portugal. Está certo. Mas espero que seja um primeiro-ministro sem arrogância. Os resultados de 4 de outubro mostram claramente que apenas um em três portugueses o vê, de facto, com capacidade para ser chefe do governo. Tem que haver modéstia.

Foi um resultado eleitoral desastroso, sobretudo depois de quatro anos de Passos e Companhia. Se os eleitores lhe reconhecessem estofo para o cargo, Costa teria vencido, nas condições excepcionais de então, de um modo esmagador. Foi isso que Mário Soares disse várias vezes, que a vitória só poderia massiva. Não o foi. Uma boa parte dos eleitores não acredita no líder socialista, não entende o que ele quer, não o vê com uma linha clara de actuação. Projecta, isso sim, uma imagem superficial, repetitiva, sem imaginação e pouco aplicada.

O problema vai ser que Costa irá procurar manter-se no poder a todo o custo. Até porque sabe que no dia em que perder o cargo de primeiro-ministro se iniciará o percurso que o levará às segundas linhas. Para manter o poder, será um eterno refém dos seus aliados de circunstância.

Esse é o risco que esta aliança muito especial traz consigo. Um PS a reboque de um líder fraco, ainda mais enfraquecido porque a sua sobrevivência depende dos radicais iluminados que só por equívoco intelectual alguns chamam de Esquerda.

 

 

 

 

 

 

70 anos de parabéns

No dia em que as Nações Unidas celebram os seus 70 anos de vida, aqui fica uma palavra grande de parabéns.


Neste dia, as mentes pequenas falam dos falhanços da organização. Os espíritos progressistas sublinham os aspectos positivos e exprimem votos para que a ONU desempenhe, no futuro que agora começa, um papel ainda mais central em matérias de paz, de direitos humanos, de desenvolvimento e de cooperação entre todos, incluindo na área do ambiente e da ajuda humanitária.

Ainda sobre o exercício da NATO

O exercício militar da NATO, que está a decorrer em Portugal e noutros países membros da Aliança Atlântica, sob o nome de Trident Juncture 2015, começou a ser planeado há quase dois anos. E está em implementação desde fevereiro desde ano, nas suas diferentes fases operacionais. O momento actual é apenas o culminar de um longo processo, que tem incluído a participação de várias forças e de muitos intervenientes, tudo sob o comando do quartel operacional da Aliança que está baseado em Brunssum, no sul da Holanda.


Estive envolvido no exercício ao longo de 2014 e 2015. Representava o papel que caberia às Nações Unidas, no cenário que havia sido desenhado. Nesta simulação, o Conselho de Segurança da ONU teria aprovado uma série de resoluções – que tive a oportunidade de redigir. A intervenção aliada teria lugar na sequência dessas resoluções, incluindo uma que dava um mandato legal à NATO para ajudar um determinado país – imaginário –, depois da ocupação armada de parte do seu território nacional por um Estado vizinho, também ele imaginário e especificamente criado para servir os objectivos do exercício.


Ambos esses “países” e a “região” a que pertenceriam foram imaginados como estando localizados muito longe dos territórios dos Estados membros da NATO. Ou seja, não se trataria de uma acção de defesa colectiva de um país da NATO mas sim de uma resposta a um pedido da ONU para contribuir para a resolução de uma crise de soberania num país longínquo.

Quem gosta de engolir sapos gigantes?

O Presidente da República, ao indigitar como primeiro-ministro o líder do partido com maior número de deputados, tomou a decisão mais previsível, neste momento em que ainda não há acordo de legislatura entre o Partido Socialista e os outros partidos.


Foi, no entanto, mais longe, ao dizer claramente que os dois partidos que estão a negociar com o PS são estruturalmente contra alguns dos tratados fundamentais de que Portugal é subscritor. Esta afirmação deixa entender que só muito dificilmente viria a dar posse a um governo cuja base de sustentação dependesse de modo definitivo do apoio continuado desses partidos.


Estamos, assim, perante uma posição muito categórica que poderá, em breve, ser um sapo gigante que terá que ser engolido.

Opiniões

Encontrar gente excepcional é uma das vantagens que o andar por muitos mundos tem. Sai-se assim da nossa zona de conforto, do que nos é habitual, das ideias feitas e repetidas, do eco das opiniões todas mais ou menos iguais. E percebemos que nesta coisa da vida pública há que ser modesto e andar com os olhos prontos para ver e os ouvidos bem abertos. Também é bom estar preparado para todo o tipo de desafios.


Mas tudo isto não nos impede de chamar os bois pelos nomes. Quando se pensa que algo está errado, há que ter a coragem de o dizer. Mesmo que isso não agrade. A democracia aceita a pluralidade de opiniões. Mas isso não quer dizer que todas as opiniões estão do lado certo da política que é necessária. Respeitar a opinião dos outros não nos impede de dizer que a achamos, mesmo assim, incorrecta. E nalguns casos a história e as vivências de outros povos já demonstraram claramente o erro em que se fecham essas correntes de opinião. E nestas coisas, os erros ficam muito caros.

 

Contra a demagogia

O crescimento económico é a única ambição que conta, quando o país é pobre, quando a economia é insuficiente para financiar um nível de bem-estar social aceitável. Falar em repartir o que não existe em quantidade suficiente é pura demagogia, poeira lançada aos olhos dos crédulos.


Num modelo económico como o nosso, o crescimento da economia passa, acima de tudo, pela promoção do investimento privado e pela qualificação dos trabalhadores, de modo a que possam responder às exigências de um sistema produtivo moderno e competitivo.


O investimento tem que ver com a confiança política e a previsibilidade. Ninguém investe num clima de incertezas políticas, de ameaças ao sector privado. Também não se investe a sério quando a linha política é feita de ziguezagues e sustentada com base em acordos com correntes políticas contrárias ao bom funcionamento do sector privado.
Por outro, a competitividade não pode ser entendida nem funcionar com base em salários desvalorizados e em relações laborais precárias. Competitividade em 2015 significa conhecimentos, preparação profissional, aptidões académicas, estabilidade de emprego.


Assim se constrói o futuro. E assim se denuncia quem tem ideias erradas e anda a tentar enganar a opinião pública.

 

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