O nosso lixo
As festas do Natal já passaram. Como de costume, houve embrulhos e papel de prendas por todos os lados. Nestas paragens não há Natal sem grandes manifestações de consumo. Mas o que mais me agrada é poder andar nas ruas do meu bairro e não ver lixo amontoado, caixas vazias das prendas recebidas, embalagens de todo o tipo, espalhadas por tudo o que possa ser sítio próximo de contentores. As ruas estão limpas, não há nenhum sinal da orgia de compras que definiram os últimos dias. Não existem, aliás, contentores nas ruas.
No bairro onde vivo, o papel é recolhido todos os quinze dias. São duas sextas-feiras por mês. Enquanto não chega o dia, o papel e o cartão é guardado em casa, fica à espera. Chama-se a isto civismo. Educação cidadã.
Imagino que os apartamentos e as casas estarão cheios de papel à espera do camião, no dia certo.