Expulsar sem hesitações
As acções criminosas que tiveram lugar em Colónia, e em menor escala, noutras cidades europeias, na noite de passagem de ano, vão inevitavelmente influenciar de modo significativo o debate europeu sobre os refugiados e as migrações. Acrescentaram medo ao medo que já existia.
Ainda hoje tive a oportunidade de o notar, numa primeira discussão com gente que vive em Berlim. Mesmo quem não quer dramatizar acaba por levantar um novo grau de objeções à chegada dos imigrantes. Ao risco do terrorismo, junta-se agora o da violência contra as mulheres. E, acrescentam de imediato alguns, outros riscos de violência, contra os cidadãos mais idosos, contra a propriedade, e contra as regras de uma cidadania disciplinada e tolerante.
Ver as imagens de famílias a atravessar o frio dos Balcãs e saber, por outro lado, que umas dezenas ou mesmo centenas de criminosos tornaram mais difícil a aceitação dessas famílias, deixa-nos angustiados. Também nos lembra que não podemos deixar que esses criminosos influenciem a maneira como a Europa irá acolher quem precisa de refúgio. Devemos manter separado o que separado deve estar. Os criminosos de Colónia e os seus correligionários noutros locais devem ser tratados como tal e expulsos do espaço europeu sem grande demora, com firmeza e clareza. Mas com respeito pelos procedimentos legais em vigor.