Os bancos dos amigos
Alguns dos meus amigos portugueses ainda não entendem – nem querem ver – a fragilidade que caracteriza o sistema bancário do nosso país. Mais ainda, parecem não querer acreditar que uma boa parte dessa crise, visível já ou que se anuncia, resulta de gestão irresponsável, e mesmo danosa, de muitos dos que têm estado à frente dos bancos nacionais. Várias formas de compadrios, incluindo políticos e maçónicos, estão na origem da precaridade financeira actual.
O mais interessante é ver como a comunicação social passa ao lado da questão. Não é, contudo, uma surpresa. Os nossos grupos informativos, donos dos jornais e das televisões, estão também eles profundamente endividados e sinceramente gratos por haverem beneficiado da generosidade irresponsável, compadre e amiga dos bancos que temos.
No fundo, estas coisas estão um bocado ligadas. O enredo é grande e propositadamente silencioso.