Depois da vitória, olha-se em frente
Na vitória, a sabedoria aconselha magnanimidade. Celebra-se e trata-se os antigos adversários com grandeza. Andar a enxovalhar quem perdeu ou parece ter perdido, ou quem apostou mal, não é uma estratégia inteligente. Pode dar a impressão que é boa política, que se aproveita a vitória para deitar abaixo os contrários, mas não é nem boa política nem a estratégia que interessa a prazo. E não deita ninguém abaixo de modo significativo. Cria, isso sim, mais hostilidade.
Isto é tanto mais verdade quando são os interesses nacionais que estão em jogo. Portugal não retirará vantagem alguma ao atacar os outros governos da UE. Ganhou e passa à frente. Assanhar-se contra Bruxelas, ou Berlim, ou contra outros, é coisa de vistas curtas. O país precisa de se colocar acima dessas práticas exaltadas e concentrar-se na construção de parcerias internacionais e no planeamento de um futuro melhor para a maioria dos portugueses.