A França participou nas represálias conta a Síria com três fragatas. Destas, apenas uma conseguiu disparar os seus mísseis. As duas outras não estavam em condições operacionais de fogo. Os disparos tiveram que ser abortados.
Este foi mais um exemplo dos problemas que encontramos actualmente ao nível de certas forças de defesa europeias.
Acima vos deixo o link para o programa desta semana sobre a Europa, uma produção semanal da Rádio TDM de Macau. Desta vez, faço uma leitura das eleições gerais na Hungria, da onda de homicídios entre jovens em Londres, de Carles Puigdemont na Alemanha, e dos roubos de dados pessoais feitos por empresas parceiras do Facebook.
Por que digo, quando se fala sobre o tema, que a democracia portuguesa é fraca?
A resposta completa daria para uma tese académica. Uma tese que deveria começar por analisar a maneira como funcionam os partidos políticos em Portugal. Incluindo, muito especialmente, o modo como são seleccionados os dirigentes, os quadros políticos e as pessoas escolhidas para assumir lugares públicos. A vida interna dos partidos tem muito mais que ver com a intriga e os golpes do que com a capacidade e a qualidade dos protagonistas.
Depois, seria preciso discutir o papel bastante medíocre que a comunicação social desempenha em termos do debate público e do interesse geral. Sobretudo, os canais abertos de televisão. São uma lástima, que empobrece a compreensão dos problemas que são os nossos e em nada contribui para o enriquecimento cívico dos cidadãos. Ainda, para além das televisões, acrescentaria que a imprensa com um mínimo de qualidade tem hoje um alcance francamente limitado. Os jornais de referência não tocam as pessoas. São folheados por meia dúzia de fiéis e nada mais.
Seguir-se-ia uma avaliação da nossa sociedade civil. Encontraríamos aí algum dinamismo e boas vontades, mas também muito fogo de vista e pouco mais. E a grande fraqueza de termos uma sociedade civil com recursos financeiros miseráveis e, por isso, muito dependente dos dinheiros públicos, que dizer da política e dos partidos.
Sob a coordenação de Hélder Beja, a jornalista baseada em Macau Catarina Domingues continua a ser a minha interlocutora semanal sobre questões europeias. Fá-lo com grande nível. Aprecio imenso a maneira como organiza o programa Magazine Europa e as questões que me coloca. Cada programa é um desafio.
Esta semana falámos novamente da Rússia e do caso Skripal, bem como sobre a Turquia, a natalidade, o aborto e a Igreja Católica na Polónia e ainda sobre o envelhecimento das populações europeias.