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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Conversa de gasóleo

O gasóleo está nas bocas de muitos, no seguimento das declarações feitas pelo Ministro do Ambiente. Por isso, pensei que seria interessante contar-vos a minha relação pessoal com esse combustível.

Aqui vai.

Em fevereiro do ano passado cheguei à conclusão que era altura de me desfazer do meu Jaguar a gasóleo. O carro tinha sete anos e picos, estava como novo, por dentro e por fora, com uma série de acabamentos acima da média, uma cilindrada de alta gama e um consumo razoável para a potência da máquina. Tinha pouco mais de 105 mil quilómetros e havia dormido sempre em garagens. Um brio e alta performance. Mas estava a ficar claro, aqui em Bruxelas e nos arredores, que o gasóleo iria perder valor. Na minha opinião, ou vendia nessa altura ou perderia ainda mais dinheiro.

Depois de uma longa discussão e muito teatro com o representante da marca em Bruxelas, aceitei que me dessem 14 200 euros pela viatura. Era o máximo possível, depois de duas ou três outras consultas. E o acordo previa que ficasse com a viatura até finais de junho, até à chegada do novo veículo, esse sim, a gasolina.

Acabou por chegar nos primeiros dias de julho. Quando entreguei o “velho” carro, o mercado não pagava mais do que 9 000 euros pelo mesmo. Felizmente que o meu contracto de fevereiro continuava de pé. E foi cumprido.

Entretanto a marca viu as encomendas de novos carros a gasóleo cair de modo muito acentuado. E o preço do gasóleo em Bruxelas é hoje bem mais caro do que o preço da gasolina.

Mas a discussão sobre cada um destes combustíveis irá continuar.

O sector automóvel será um dos sectores que mais transformações verá nos próximos 5 a 7 anos.

 

 

 

Brexit: mais uma encenação

Segui com atenção o debate de hoje no parlamento britânico sobre o Brexit, bem como a votação das diferentes propostas de moção. No essencial, considero que foi, em grande medida, um exercício destinado a salvar a face dos membros do Partido Conservador e da Primeira Ministra, em particular. Também serviu para os preparar para engolir a pílula amarga. Ou seja, para que aprovem, dentro de duas semanas, a 13 ou 14 de fevereiro, o acordo de Theresa May sobre a saída do Reino Unido da UE.

O resto é espectáculo. Mas uma comédia triste, que vai sair cara.

Brexit: a ampulheta continua a deixar cair a areia

Muitas vezes, os políticos acreditam mais nas suas palavras do que na realidade dos factos. Não conseguem ver o que lhes entra pelos olhos dentro e acabam por fiar-se nas ilusões que arquitectaram. Procuram, então, soluções para problemas que só existem na cabeça deles. E não aceitam as conclusões e as saídas de crise que se impõem.

O que se está a passar em Westminster, com o acordo sobre o Brexit, ilustra o que acima digo. Deveria ser claro para todos que nesta fase do processo, depois de dois anos de negociações, de discussão de todas as hipóteses e mais algumas, da passagem a pente fino de todos os prós e os contras, existem apenas três alternativas. Que nem serão bem três, mas sim duas e meia, porque uma delas tem poucas probabilidades de poder ser considerada. Mas, enfim, digamos que são três.

A primeira, que é a mais adequada neste momento, a única que faz sentido, passa pela aprovação pura e simples do plano que Theresa May acertou com a UE. Esta aprovação poderá vir a acontecer, surpresa, surpresa, cinco minutos antes da meia-noite. À última hora! Isso quereria dizer que uma maioria dos deputados teria finalmente percebido que o acordo de Theresa May seria, apesar de tudo, a melhor solução. Mas também poderá ser recusada até ao bater da meia-noite.

A segunda opção passaria por um No Deal. Não haveria acordo. Isso aconteceria no caso de falhanço da hipótese descrita no parágrafo anterior. Depois de 29 de março, o Reino Unido deixaria de pertencer à UE e as relações económicas e financeiras entre ambos ficariam por definir. Uma situação deste tipo traria imensas dificuldades para ambos os lados. Ter-se-ia que encontrar soluções caso a caso, no meio de muita improvisação e com custos económicos muito elevados. O maior perdedor seria, de longe, o Reino Unido.

A terceira via passaria pela realização de um novo referendo. É uma opção que não me parece realista. Uma nova consulta popular só viria a ter lugar em finais do ano ou na primeira metade de 2020, por razões legais e processuais. Ora, ninguém que ficar na incerteza por um novo período de tempo, tão longo e tão fracturante. Ainda por cima, por não ser claro qual poderia ser o resultado desse segundo referendo. O pêndulo da opinião pública poderia ir para um lado ou para o outro.

Veremos o que acontece amanhã e nos próximos dias em Westminster. Entretanto, a ampulheta continua a deixar a areia correr. O relógio do tempo não espera, nem parece agora poder ser parado. Há, por isso, que estar preparado, ao nível da UE, para a possibilidade de um enorme desafio e de muita confusão.

Racista, eu?

O racismo é uma questão muito delicada. Por isso, não pode ser tratada nem com ligeireza nem com alvoroço.

E, para além dos aspectos legais e institucionais, deve igualmente constituir uma interrogação pessoal: será que eu também tenho comportamentos racistas? Quando, por exemplo, comento a reacção de Serena Williams face à decisão do árbitro, como aconteceu há uns meses, caio no comentário racista? Quando me rio de uma piada que goza com a fisionomia e o aspecto físico de outros povos, estou a ultrapassar o risco? Quando oiço um amigo negro dizer que não foi recrutado para um emprego por ser preto, e eu deixo passar a afirmação, sem mais discussão, estou a ser rigoroso com a verdade ou a deixar-me simplesmente ir na onda?

E assim sucessivamente, que o combate contra o racismo começa em casa e por mim, pela minha coragem, pela minha tomada de consciência e pela minha abertura de espírito. O que torna a questão bem difícil de resolver, porque normalmente são os outros que têm as culpas.

António Costa esteve mal na AR

A referência feita pelo Primeiro-Ministro António Costa “à cor da sua pele”, insinuando assim que a líder do CDS estaria a mostrar um comportamento racista em relação à sua pessoa, foi injustificada e muito infeliz. Não é para repetir.

Assunção Cristas, quer se goste muito ou nada dela, tinha todo o direito de pedir a António Costa que esclarecesse se apoia ou não a actuação da PSP. Era um pergunta legítima e de actualidade. A resposta deveria ser dada com calma. E de modo inequívoco, expressando claramente que é preciso respeitar a Polícia, quando esta está a cumprir a sua missão dentro dos parâmetros da lei.

Perder as estribeiras, quando se é Primeiro-Ministro, e quando não há razão para tal, acaba por ser visto como um sinal de fraqueza. Ou, pelo menos, de cansaço, de quem anda a precisar de descanso e de mudar de vida. Em ambos os casos, fica uma imagem tremida.

 

 

Narcisos ou tolos

A intolerância e o sectarismo são os dois pilares do debate político em Portugal.

Debate-se para atacar. Raramente é para encontrar posições comuns. Isto é próprio das discussões de paróquia, ou de capoeira, das querelas entre caciques. Expressa bem o narcisismo intelectual que caracteriza muitas das nossas personagens públicas. E a falta de profundidade, de substância e de ideais verdadeiramente patrióticos e progressistas.

O resto é tolice.

O ministro gosta do politicamente "vai com a onda"

O Ministro da Administração Interna deveria mostrar um pouco mais de iniciativa. E menos medo político.

Cabe-lhe explicar, de modo claro e sem qualquer timidez política, que a Polícia de Segurança Pública é uma instituição fundamental da ordem democrática portuguesa e que tem investido imenso, nos últimos 30 e mais anos, na formação dos seus oficiais e agentes. Poderá, num caso ou outro, haver deslizes e comportamentos inaceitáveis. Mas, no seu conjunto, é uma instituição que deve ser respeitada. Faz um trabalho comparável ao que de bom se faz na Europa. O seu papel é fundamental para o bom funcionamento da sociedade portuguesa.

E é esse papel que o seu pessoal procura desempenhar dia e noite.

Os grandes desafios globais

A agência de noticias Reuters lançou um inquérito internacional sobre “o desafio global mais urgente” que deveria ser tratado no encontro de Davos deste ano. Participaram nesta iniciativa mais de 300 mil pessoas.

As respostas estavam condicionadas em virtude da pergunta só permitir uma escolha entre quatro grandes desafios, excluindo assim outros que considero igualmente importantes, como, por exemplo, os relacionados com a pobreza, o desemprego, a Inteligência Artificial, a gestão das megacidades ou ainda a questão dos direitos humanos, agora que vários autocratas estão no poder. Sem falar, claro, do populismo.

Os quatro desafios seleccionados pela Reuters tinham que ver com o clima, o comércio, a habitação e a desigualdade do género.

As alterações climáticas parecem ser o problema mais sério e urgente para 62% dos que responderam. O comércio internacional, que inclui os conflitos comerciais em curso, ficou em segundo lugar, mas apenas com 19% das respostas. Seguiram-se o acesso a uma habitação condigna (12%) e a questão da desigualdade entre os homens e as mulheres, com 7% das respostas.

Se fosse forçado a escolher, qual seria a resposta, de entre as quatro opções em cima da mesa?

 

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