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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Donald Trump e Kim Jong-Un

No meu entender, seria errado ver o encontro entre o Presidente dos Estados Unidos e o Líder da Coreia do Norte através do prisma do cinismo. Haverá quem o faça, é óbvio. Eu, não.

Numa altura de grandes tensões internacionais, olhar para o que se passou hoje na Zona Desmilitarizada e não ver nada de promissor no acontecimento, não me parece adequado. Não é uma questão de se ser, ou não, ingénuo. Temos na Península da Coreia uma das situações mais explosivas, de entre as que se observam em vários pontos do mapa-múndi. A resolução desse conflito não se fará por vias tradicionais, tendo em conta as personalidades dos actores principais e a complexidade da questão.

Encontros como o de hoje podem ajudar imenso. Sobretudo tendo presente a maneira de fazer política de Donald Trump e de Kim Jong-Un. Neste tipo de crises, tudo depende deles, da seu orgulho e empenho pessoal. A imagem conta enormemente.

Não será todos os dias que o direi, mas hoje o Presidente dos Estados Unidos surpreendeu pela positiva.

 

Umas notas sobre o G20 de Osaka

A minha apreciação da cimeira do G20, que acaba de ter lugar em Osaka, é positiva. Mesmo tendo presente que os Estados Unidos não aprovaram a parte do comunicado final que se referia às alterações climáticas. Em nota de pé de página, disseram, e isso já não é nada mau, que têm em conta, na sociedade americana, as questões do carbono e da poluição, acrescentando ainda que o país se preocupa com a qualidade do ambiente nas suas cidades. A verdade é que os municípios têm uma grande autonomia, nessa e noutras matérias.

É bom que os líderes se encontrem. O contacto pessoal facilita o diálogo. E o diálogo é a única via para a resolução pacífica dos conflitos de interesse.

Também é verdade que estamos numa situação internacional muito tensa e perigosa. Pelo que sei, os principais líderes reconheceram a complexidade da situação. Deram um grande enfoque às questões do comércio e da economia. Esses temas são como um paravento. Sabem que há outros por detrás, de ordem estratégica e securitária, que têm igualmente que ser tratados. Com urgência, acrescentaria.

Os encontros desta natureza permitem igualmente uma série de discussões bilaterais bem como várias conversas informais. Essas são duas das grandes vantagens das cimeiras. Osaka foi fértil nessa área. Veremos se o clima internacional reflecte, nos próximos tempos, algum desanuviamento.

As Nações Unidas estiveram representadas pelo Secretário-Geral, como já é costume. Mas os líderes não dão espaço à organização. Essa é uma preocupação que tem que ser posta em cima da mesa da opinião pública internacional.

Notas para uma agenda europeia

A agenda do próximo Presidente da Comissão Europeia deveria dar uma importância maior às questões do meio ambiente e do clima, da paz e da segurança nas diferentes vizinhanças da UE, bem como ao desenvolvimento económico e social dos Estados membros e à segurança dos cidadãos.

Isso passaria por um esforço mais intenso, quer internamente quer no exterior, na aplicação do acordo de Paris sobre o clima. Também significaria um aprofundamento da diplomacia comum. Igualmente, tratar-se-ia de conseguir chegar a mercado único, no espaço europeu, em matérias de telecomunicações, banca e transportes, incluindo a ferrovia. E, finalmente, a prossecução passo a passo de um programa de defesa e de segurança.

Tratar-se-ia de uma agenda ambiciosa, mas realista e suficientemente clara. Mostrar-se-ia, assim, aos cidadãos europeus o que significa uma União Europeia. A qual, a título simbólico, porém altamente significativo, deveria pôr em cima da mesa a possibilidade de um passaporte único, que reconhecesse as várias nações, mas que investiria na criação de uma cidadania comum e partilhada.

 

A França e a Alemanha têm que se entender

Numa altura em que continua a não haver visibilidade sobre quem será o sucessor de Jean-Claude Juncker, noto que a questão está a abrir um fosso muito grande entre duas nações pilares da União Europeia, a França e a Alemanha. É uma situação inédita e muito séria. A opinião política alemã e certos meios de comunicação social vêem o desacordo como um ataque frontal do Presidente francês contra Angela Merkel e a sua possível herdeira na chefia do partido CDU/CSU, Annegret Kramp-Karrenbauer. Para além, claro de Manfred Weber, o candidato do centro-direita à chefia da Comissão Europeia.

A verdade é que Emmanuel Macron não tem sido prudente na maneira de comentar a candidatura de Manfred Weber. Nem mesmo na observação sardónica que fez sobre o Presidente do Bundesbank, o Banco Central alemão. Macron tem que ser menos arrogante em vários dos comentários que faz. A arrogância dá maus resultados políticos.

Neste caso, abriu uma crise com a Alemanha. Espero que entenda que vai ser necessário um gesto público da sua parte para a ultrapassar. A União Europeia precisa de consensos. Precisa, igualmente, de um Presidente francês que os saiba construir.

Inteligência Artificial e Ciberespaço

A Plataforma de Associações da Sociedade Civil (PASC) e a Associação para a Promoção e o Desenvolvimento da Sociedade de Informação (APDSI) querem que eu e mais três especialistas - eles são os especialistas nessas coisas da Sociedade da Informação e da Inteligência Artificial - respondemos às cinco questões enumeradas mais abaixo.

Não é nada fácil. Iremos falar disso no dia 11 de Julho às 17:00 horas na Quinta do Bom Nome, em Carnide, Lisboa. Mas não sei se sairei dessa sessão - que é pública, pode lá vir quem se inscrever - com bom nome...

Mas que é uma excelente iniciativa conjunta da PASC e da APDSI,  isso sim.

Dizem eles: A inteligência artificial está a alterar o equilíbrio de poder no ciber e no geo-espaço e é necessário responder a novos desafios:
- Quais os pressupostos da política e da soberania dos estados, dentro e fora das fronteiras nacionais?
- Será que as atuais alianças internacionais sobreviverão?
- Será que irão surgir novas soberanias no ciberespaço?
- Quem vai governar a Internet e mandar em todos nós?
- Qual o papel da cidadania num contexto de transformação digital e nestes novos espaços de poder?

Que direi eu?

A nova ordem política europeia

Temos estado a assistir, em vários países da União Europeia, a uma fragmentação da cena partidária. Os eleitores dividem o seu apoio por toda uma série de facções políticas. Por exemplo, na Holanda o maior partido tem 14% dos votos. Em Espanha, o partido mais votado nas últimas eleições gerais, o PSOE, ficou-se nos 28,7%. Em França, o movimento que apoia Emmanuel Macron faz frente a uma série de pequenos partidos, à excepção da formação de Marine Le Pen, que consegue cerca de 22% dos votos. Na Alemanha, as sondagens mostram um reequilíbrio político, com os votos a serem distribuídos por várias famílias políticas. Idem, na Dinamarca e noutras terras da UE.

A fragmentação também chegou ao Parlamento Europeu.

De um modo geral, a fragmentação faz-se à custa dos partidos tradicionais, do centro-direita, de inspiração democrata-cristã, ou, então, da social-democracia e do socialismo moderado.

O corolário da fragmentação é a coligação. Vários governos assentam hoje em coligações de partidos, algumas delas bem complexas, como é o caso belga. Sem coligação não haveria um governo viável. E as coligações nem sempre unem movimentos políticos próximos, da mesma área ideológica. Exigem, em alguns casos, uma ginástica política inabitual.

Aqui surge uma outra dimensão da vida política europeia de agora, a indefinição ideológica. A análise das ideologias dos partidos está a complicar-se. O velho esquema esquerda-direita já não funciona com a simplicidade de outrora. Certos partidos têm, ao mesmo tempo, propostas de direita e de esquerda, numa amálgama que mistura populismo com nacionalismo, reivindicações progressistas com conservadorismo, liberalismo com o reforço do Estado social, ambiente com radicalismos.

Precisamos de novos prismas de análise. Também, de compreender que a política de hoje já pouco ou nada tem que ver com a que se praticava nos anos oitenta ou noventa do século passado. Estamos num cenário muito diferente, com outros enredos.

 

 

Istambul diz não a Erdogan

Erdogan perdeu a eleição para a presidência do município de Istambul.

Essa derrota tem um significado muito profundo. O Presidente turco precisava de ganhar essa metrópole altamente simbólica. Fez tudo para o conseguir, incluindo pressão sobre a Comissão Eleitoral. Por isso, a Comissão anulou a eleição precedente, que havia tido lugar em Maio, e que fora ganha pelo candidato da oposição, Ekrem İmamoğlu, por uma margem relativamente pequena.

Desta vez, İmamoğlu venceu de modo convincente. Por uma grande diferença. Mas, atenção. Erdogan vai tentar fazer-lhe a vida negra. Erdogan não quer rivais, não aceita derrotas. Nisso, é como os seus pares, os outros líderes autoritários que por aí andam.

A Tap, recordista dos atrasos

David Neeleman, o grande accionista privado da TAP, dá hoje uma grande entrevista ao Expresso. Entre outras coisas, fala dos atrasos sistemáticos que são a marca da casa TAP. Amigos meus, que viajam frequentemente com essa companhia aérea, queixam-se repetidamente dos atrasos dos voos.

Existem razões internas à TAP que provocam essa indisciplina em termos de respeito pelos horários. Não é apenas uma questão do funcionamento melhor ou pior do aeroporto de Lisboa. É um problema de cultura interna da companhia, que precisa de ser resolvido. Neeleman fala do assunto mas não acrescenta nenhuma solução que esteja em vista.

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