Javier Pérez de Cuéllar
A actualidade de hoje está cheia de acontecimentos e de notícias importantes. Temos a situação na fronteira turco-grega, a expansão da pandemia do Covid-19, o impacto económico que provoca, incluindo as enormes percas nas bolsas de valores e a quase falência das companhias de aviação, o encontro entre Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdodan, Idlib na Síria, a Guiné-Bissau, a saída de Elizabeth Warren da corrida presidencial nos Estados Unidos, o PM António Costa a tentar ultrapassar a lei sobre a construção do novo aeroporto, etc, etc.
Para mim, a escolha é, no entanto clara: deixar aqui uma palavra de homenagem e uma expressão de grande pesar pelo falecimento de Javier Pérez de Cuéllar, que foi meu chefe supremo na década de 80 e por quem sempre tive muito apreço. Era um homem bom, excepcionalmente bem-educado, um mediador ímpar, um Secretário-Geral que não gostava de protagonismos pois achava que a preocupação com a visibilidade o impediria de fazer o muito que fez. Respeitado por todos, capaz de fazer a ligação entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, esteve à frente de alguns dos mais significativos processos de paz que muito prestígio trouxeram à ONU e que mudaram a vida de milhões de pessoas. Por isso, o destaque de hoje tem que ir para ele.