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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Uma França fragilizada

https://www.dn.pt/opiniao/quando-os-generais-escrevem-cartas-abertas-13625957.html

O link acima abre o meu texto de hoje -- desta semana -- no Diário de Notícias. 

O texto é um alerta para a crise política e societal que se vive actualmente em França. O ponto de partido assenta numa tomada de posição sobre a situação do país, que foi tomada por um número significativo de oficiais generais na reserva bem com outras altas patentes, essas já reformadas. 

Cito de seguida umas linhas dessa reflexão.

"Foi neste contexto que apareceu há dias uma carta aberta, assinada por 24 oficias generais na reserva e por uma centena de oficiais superiores e mais de mil militares de outras patentes, com um ou outro ainda no ativo e o resto, reformado. A carta, publicada na revista ultranacionalista Valeurs Actuelles, parecia querer servir de alavanca para reforçar as posições da direita radical. Foi vista pelo governo e por muitos com estupefação e como um apelo a um hipotético golpe de Estado."

A inflação está aí e vai continuar a crescer

Os Estados Unidos e a China estão numa fase de recuperação económica acelerada. No caso americano, essa recuperação deve-se às quantidades gigantescas de capitais públicos que têm sido postos à disposição dos cidadãos e da economia. Quanto à China, para além da intervenção do estado, a recuperação está ligada ao dinamismo do seu tecido económico, à vastidão do mercado interno, tudo isso num contexto de controlo da pandemia, algo que aconteceu atempadamente.

Em ambos os casos, estamos a assistir a uma procura muito acima do normal de matérias-primas e de meios de transporte, sobretudo de contentores para o transporte marítimo. Tudo isto provoca um aumento dos preços, quer dos bens necessários à produção quer dos transportes. Provoca igualmente uma escassez de certos bens, no que respeita ao acesso por parte de outras economias mais pequenas e menos poderosas.

Estamos, por isso, a assistir a um processo inflacionista que irá continuar em aceleração. Economias como a nossa irão sentir claramente o aumento dos custos de produção e as maiores dificuldades de acesso aos mercados de bens primários.

Civismo e vida em sociedade

As sondagens mostram quais são as seis grandes preocupações dos cidadãos franceses neste momento. A saúde aparece em primeiro lugar, como não poderia deixar de ser. Depois, estão o desemprego, o poder de compra, o ambiente, a segurança e a educação, mais ou menos por esta ordem. É curioso ver o ambiente entre as grandes preocupações. Revela uma grande atenção dada ao respeito pelo ordenamento do território, pela limpeza e manutenção das zonas residenciais, pela valorização da natureza. Será igualmente o resultado das campanhas públicas sobre o meio ambiente, o clima e a preservação do mar e das águas interiores.

Se a mesma pergunta fosse feita em Portugal, quais seriam os resultados? Que preocupações estariam no topo da lista dos portugueses?

Charles Michel precisa de ajuda

Charles Michel, o Presidente do Conselho Europeu, voltou a insistir, agora no Parlamento Europeu, que o incidente do sofá, uma esparrela preparada por Recep Erdogan, para humilhar Ursula von der Leyen e criar uma brecha entre os dois dirigentes europeus, fora acima de tudo um erro diplomático. Está enganado, não foi uma falha da diplomacia. Mostra, isso sim, não ter percebido nem a artimanha de Erdogan nem a importância política da secundarização de Von der Leyen. Está, por outro lado, a prolongar uma crise de liderança muito séria que se vive agora em Bruxelas e que foi inicialmente planeada pelo presidente turco.

Não é apenas o facto de Erdogan ter pouca consideração pelas mulheres enquanto líderes políticos ou mesmo, pelas questões da igualdade. Isso também conta. Mas não nos podemos esquecer que ele tem o poder que tem e chegou onde chegou porque é matreiro. Sabe como agir para criar tensões no seio dos seus adversários. Dividir para reinar. Sabe também aproveitar rivalidades latentes que possam existir do outro lado da mesa e como contribuir para o seu agravamento.

Charles Michel precisa que um conselheiro lhe diga que é fundamental corrigir o erro. E a correção desse erro começa pelo reconhecimento das causas e razões que levaram à situação delicada em que foi colocado.

Deve também ser ajudado a compreender que quando se trata com gente como Erdogan – ditadores com sucesso na vida, manipuladores de alto gabarito – todo o cuidado é pouco.

 

 

Um dia de tensões

O nível da tensão entre certos Estados membros da NATO e a Rússia continua a aumentar. Sobretudo com alguns países europeus. Agora estamos na fase das expulsões de um lado e do outro. E a Rússia decidiu acompanhar as expulsões com um novo tipo de restrições internas, que visam muito especialmente as organizações ligadas a Alexei Navalny. A partir de agora, ficam equiparadas a organizações terroristas, o que é um cúmulo em termos de repressão e de ataque às liberdades cívicas.

Ao mesmo tempo que isto acontece, os contactos diplomáticos com Vladimir Putin continuam. Hoje foi a vez de Emmanuel Macron. Falou ao telefone com Putin, nomeadamente sobre a situação de Navalny, mas não só. A questão iraniana está igualmente na agenda, bem como a possibilidade de um encontro sobre a Ucrânia. Mas a verdade é que estes assuntos estão todos num impasse. Não há nem prevejo qualquer tipo de progresso nessas áreas.

Ao mesmo tempo, a China continua as suas incursões no espaço de Taiwan. E é cada vez mais óbvio que há uma coordenação política entre Beijing e Moscovo. Essa coordenação provoca um outro tipo de relação de forças na cena internacional. E enquanto isso acontece, assistimos a um crise humana e política profunda num outro grande rival da China, a Índia. Estava prevista uma cimeira entre a União Europeia e a Índia, que deveria ter lugar dentro de poucos dias em Portugal. O primeiro-ministro indiano já disse que não poderá estar presente. E não vejo que existam condições para que a cimeira tenha lugar. António Costa havia apostado imenso nessa iniciativa, mas os factos baralharam-lhe as voltas.

Estamos com tudo isto, e com as incertezas em relação à pandemia, numa encruzilhada muito incerta.

Pela liberdade

No Dia da Liberdade, é fundamental que se sublinhe a importância do conceito. A liberdade é fundamental para o desenvolvimento de cada indivíduo e para a valorização da vida em sociedade. É, por isso, um conceito que tem duas faces, ambas igualmente importantes. A liberdade que cada um deve usufruir e a dimensão social, que passa pelo respeito dos outros e por um comportamento cívico responsável. É isso que vamos aprendendo todos os dias, desde Abril de 1974.

Uma sociedade é plural. Por isso, é fundamental que cada um se sinta bem e à vontade para exprimir o que lhe vai na mente. Ninguém é dono da verdade, nem a verdade absoluta existe. Do mesmo modo, ninguém é dono da democracia. A democracia vive-se. Só a prática democrática assegura a continuidade e a sobrevivência da democracia. Mas também não devemos ter ilusões. Há quem fale de democracia e pense ditadura. Quem assim procede deve receber uma mensagem forte: a democracia não é um cavalo de Troia.

 

Évora, nestes tempos cinzentos

Ontem, caminhei pelo centro histórico de Évora, coisa que não fazia há muitos anos. Na verdade, nos anos passados, sempre que voltava à terra natal era para visitar um ou outro familiar e ia diretamente para as suas casas. E como já ninguém da família mora dentro das muralhas, acabava por não entrar nas ruas que foram as minhas, passo a passo, durante as duas primeiras décadas da minha vida.

Entrei ontem e fiquei triste. A cidade estava sem movimento, várias lojas haviam fechado definitivamente as suas portas e muitos prédios apresentavam um ar cansado e miserável. Outros gritavam aos passantes o estado de abandono em que se encontram. As máquinas para o pagamento do estacionamento tinham todas o mesmo letreiro: fora de serviço.

Mesmo no exterior das muralhas havia um ar estranho, uma mistura de abandono, desleixo e de falta de meios. A estrada da Chainha, por exemplo, que era um dos meus destinos, deixou-me a impressão que há por ali quem abandone ao longo das bermas objectos que deixaram de ter valor, meio escondidos nas ervas que não são cortadas e que não são alvo de cuidados.

Digo isto, mas espero que os meus conterrâneos e amigos me venham dizer que vi mal, que me enganei na minha percepção do estado da urbe. Ficaria menos preocupado

O Sahel está mais frágil e a França mais enterrada na areia

https://www.dn.pt/opiniao/novas-incertezas-aqui-ao-lado-no-grande-sahel-13600414.html

O link acima convida o leitor a ler a minha crónica de hoje no Diário de Notícias. 

Cito o último parágrafo desse texto. 

"São várias as questões que se levantam com o desaparecimento de Idriss Déby. O que motivou o Presidente Macron a deixá-lo sem o apoio habitual, quando em 2019 havia enviado caças para travar uma rebelião semelhante? Erro de cálculo? Quem está por detrás desta nova rebelião, conhecida como FACT (Frente para a Mudança e a Concórdia no Chade)? Que impacto terá a nova realidade no conflito na República Centro-Africana? Que esperar do G5 Sahel e da luta contra o terrorismo nesta parte de África? Cada uma destas interrogações esconde muitas incertezas e preocupações. O futuro da pobre população do Chade é delas a maior."

Dia da Terra, dia de urgências

Celebrou-se hoje o Dia Mundial da Terra. Os temas das alterações climáticas, da protecção do meio ambiente, da água, da biodiversidade, etc, são questões fundamentais que precisam de ser tratadas agora.

O presidente norte-americano organizou, para marcar o dia, uma cimeira dos quarenta e tal países mais relevantes em matéria de meio ambiente. Foi uma boa iniciativa. O clima precisa da atenção dos grandes e poderosos deste mundo. E é igualmente um problema comum, que poder favorecer o diálogo e a aproximação política. É preciso, no entanto, passar das palavras à acção. Acelerar o movimento já iniciado. Urgência climática é a expressão e deve ser o motor das realizações concretas.

É igualmente fundamental que as associações de cidadãos sejam mais activas, nos países em que o não são. As questões ambientais devem estar no centro das preocupações de cada um de nós. Os movimentos cívicos têm muita influência sobre a política e, ao mesmo tempo, mostram a maturidade de um povo.   

 

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