Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Os nossos queridos políticos

Eles andam convencidos que são mais espertos que o cidadão comum. Percorrem as autoestradas a alta velocidade, confundem a bola do futebol com a esfera armilar e o patriotismo, dizem coisas sem jeito e desculpas que não convencem ninguém, fazem chacota em vez de assumir as responsabilidades. Estão desconectados e incapazes de entender o julgamento popular. Mas continuam no poder. Estamos longe da inteligência artificial e próximos da estupidez e da boçalidade ferrenha.

Os senhores do poder

Não pode haver uma lei para o povo e outra para os governantes. Não pode, mas cada vez mais se tem a impressão que de facto há. E isso acontece quando a oposição é fraca e desfocada. Como estamos a ver, cada vez mais frequentemente, os que estão no poder aproveitam-se dessa fraqueza. Fazem o que querem, dizem o que lhes passa pela cabeça e desculpam-se despejando as culpas nos mais fracos.

Tudo isto mostra uma classe política pouco recomendável, por uma razão ou por outra – abuso do poder ou falta de unhas para tocar a guitarra da mudança

Taiwan e a competição sino-americana

A administração Biden percebeu que não se pode ir para a guerra se as balas são fabricadas no país adversário. E é isso que se passa com sectores estratégicos da economia americana: a produção é feita além-fronteiras, na China e não só. Por isso, Biden está a preparar uma Política Industrial – um conceito que havia desaparecido do debate económico há décadas.

Um dos elementos mais importantes do plano diz respeito à produção nos Estados Unidos de semicondutores (chips). Cerca de 50 mil milhões de dólares serão investidos nessa área. Actualmente, a fabricação de chips está concentrada em Taiwan. A China, entretanto, começou a investir forte e feio nesse mesmo sector.

Com a automatização em ritmo acelerado, os chips serão um produto estratégico. Mas atenção. O avanço que Taiwan ganhou é imenso. E montar essa indústria nos EUA – ou mesmo na China, demora cerca de dez anos. Ao ritmo a que as coisas vão e o agravamento da competição entre os EUA e a China fazem-me dizer que dez anos é uma eternidade. Controlar Taiwan talvez seja mais fácil. Quem irá ganhar esse controlo?

Um pântano perigoso

O acidente que ocorreu na A6, com o carro oficial do ministro, não é assunto arrumado. Tem de ser tratado pelo chefe do governo de modo responsável. Não há nada a esperar do ministro. Mas do seu superior, sim. Não pode ignorar as dimensões humanas e políticas do que aconteceu. A família da vítima precisa de apoio. E do ponto de vista político, a inacção governativa acabará por ter um custo. O primeiro-ministro deve entender isso, imagino. Mas tem de agir, de aparecer.

O mesmo se deve dizer do Presidente da República. Essa personalidade tem apostado imenso na dimensão popular e humanista de sua função. Não pode agora ficar calado, para proteger um ministro que não vale grande coisa. Ou, para poupar um primeiro-ministro que tarda e que encobre os seus fiéis servidores. O PR tem de mostrar que não tem medo de uma situação como esta. E que não anda a disfarçar, para que não haja a confrontação que a muitos parece inevitável.

Estamos numa espécie de pântano político. Este sim, perigoso, capaz de fazer surgir um ou outro monstro político, que saiba aproveitar-se das águas turvas.

Escrever para defender a democracia

https://www.dn.pt/opiniao/a-democracia-nao-pode-ser-um-faz-de-conta-13870769.html

Deixo-vos acima o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. E agradeço a todos os que reencaminharam este texto para outros leitores, que convidaram outros a adquirir o DN e que me enviaram comentários. Não tive ainda a oportunidade de responder a esses comentários. 

Há um parágrafo que nos toca directamente. Cito, de seguida. 

"Menos falado, mas igualmente importante para a vitalidade da democracia, é ter-se um sistema de administração de justiça capaz e independente dos políticos. Os cidadãos precisam de ter confiança no funcionamento célere e eficiente dos tribunais, como meios de defesa dos seus direitos e de correção das injustiças. Na era do “totalitarismo digital” isso é ainda mais essencial. Nos Estados-membros onde a justiça é lenta, mal apetrechada e ineficiente, temos um problema quase tão grave como o autoritarismo que existe noutros horizontes. Esses Estados têm uma democracia coxa. Deveriam igualmente ser tema de crítica no Conselho Europeu. Sem justiça eficaz, a democracia é uma ilusão. E os cidadãos, como o mostraram agora os franceses, já não se deixam iludir tão facilmente."

Merkel e Macron a jogar fora do campo

É difícil de entender a razão que levou, na véspera da reunião do Conselho Europeu, Angela Merkel e Emmanuel Macron a sugerir a hipótese de uma cimeira entre a Europa e Vladimir Putin. A sugestão foi feita de modo inesperado, sem qualquer consulta com os outros líderes europeus. Contribui para novas divisões entre os europeus, com a Polónia e os Países Bálticos a dirigirem a oposição à proposta e a reforçar a sua posição de porta-vozes de Washington em Bruxelas.

O relacionamento com a Rússia é um assunto muito delicado. Exige muita coordenação entre os aliados europeus. É verdade que há muita matéria que precisa de ser discutida com Vladimir Putin. Mas também é um facto que este não está muito disposto a entendimentos sobre aquilo que é essencial para um melhor entendimento entre as partes.

No mesmo dia em que surgiu a ideia duma cimeira aconteceu um incidente militar grave no Mar Negro entre um navio britânico e as forças armadas russas. A embarcação britânica foi alvo de ameaças e forçada a alterar a sua rota, apesar de navegar num corredor que é reconhecido como internacional. Este incidente aconteceu na pior altura, no que respeita a Merkel e Macron.

Mas acredito que o assunto irá ser aprofundado e que os canais apropriados de consulta acabarão por ser seguidos. A questão é importante para ambos os lados. Mas é preciso encontrar as razões e os temas que levam as partes a um diálogo útil.    

Portugal nos títulos das notícias

Portugal voltou a aparecer nos radares europeus da pandemia. Vários amigos, residentes em diferentes países, têm estado em contacto comigo, para saber se estou bem e mostrar a sua preocupação perante as notícias vindas daqui. O cerco sanitário de Lisboa, aos fins-de-semana, tem sido notícia em muito sítio. Não sei se servirá para conter a onda actual. Mas tem servido para que se fale de Portugal. É uma notícia negativa. Terá certamente impacto no volume de turistas que nos visitarão estas férias. Será azar nosso ou má gestão?

A Europa que antevejo

Aposto com quem queira apostar que as regras orçamentais do Tratado de Maastricht – dívida pública abaixo dos 60% do PIB nacional e défice orçamental anual inferior a 3% − voltarão a estar em cima da mesa das discussões. E que a austeridade será um tema que os países apelidados de “frugais” irão de novo inscrever na agenda económica europeia. A chamada “bazuca” é uma oportunidade única para diminuir a distância entre os níveis de vida dos diferentes países europeus. Quem não a souber aproveitar terá perdido uma oportunidade que não voltará a surgir, a não ser que apareça uma crise tão profunda como a da pandemia.

Os indícios que começam a aparecer mostram que, em matéria económica, entraremos, depois da pandemia, numa fase nacionalista.  

À espera do inquérito do acidente

A A6, a autoestrada que vai da zona do Montijo em direcção a Évora e à fronteira com Badajoz, tem pouco movimento. Mais ainda, os veículos pesados são raros. Preferem encher a Nacional 4, que segue a autoestrada, para não ter que pagar o elevadíssimo custo da portagem até Caia-Elvas. Assim, alguns motoristas dos carros ligeiros usam e abusam do excesso de velocidade quando circulam pela A6. Quem viaja a 130 km/hora já está fora do limite. Mas é constantemente ultrapassado por veículos a circular acima dos 150 ou mesmo dos 160. Os controlos de velocidade são raros. A GNR concentra-se sobretudo no trânsito que percorre a N4.

Foi nessa autoestrada que o carro do ministro da Administração Interna matou um operário que trabalhava na berma da via. O inquérito de que se fala e que foi prometido deverá elucidar-nos sobre a velocidade a que ia essa viatura oficial. Esse é um dado fundamental. Houve morte de homem, um homicídio involuntário. Há que apurar as causas e as responsabilidades de cada um.

Veremos se a GNR consegue produzir um relatório que se veja.

Pág. 1/3

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D