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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Lula e os desafios enormes que definem a sociedade brasileira

Lula ganhou a eleição por uma unha negra, o que mostra que o Brasil está profundamente dividido. Mas ganhou e merece os meus parabéns, até por ser um candidato mais progressista do que o seu adversário. Tem, no entanto, a enorme tarefa de tentar reparar a imensa fractura social e política que existe no seu país. A construção da harmonia nacional e redução das desigualdades sociais são as grandes tarefas que tem pela frente. Tem de sair vitorioso desses dois combates. 

Putin tem uma conta por pagar

A suspensão do acordo sobre a exportação de cereais provenientes da Ucrânia e as acusações repetidas contra o Reino Unido são, para mim, sinais de que Vladimir Putin quer negociar. Por isso, toma posições extremas. É uma táctica negocial.

O problema é que a Ucrânia e os países ocidentais não têm qualquer tipo de confiança nas palavras e intenções de Putin. É muito difícil tentar chegar a um acordo com alguém que não reúne um mínimo de credibilidade.

Neste momento, a aposta ocidental continua a ser a de fazer quebrar a capacidade combativa dos russos e, ao mesmo tempo, provocar divisões políticas internas. É uma aposta muito perigosa, pois coloca Putin contra a parede. Mas a verdade é que a culpa é dele. Jogou erradamente e isso tem custos enormes. Vai ser difícil não lhe pedir que pague a conta. Seria, além disso, injusto, sobretudo para com o povo ucraniano, que tem sofrido imenso ao longo destes últimos oito meses.

Não se trata de dominar o mundo

Contrariamente ao que diz Vladimir Putin, o Ocidente não tem a intenção de dirigir o mundo. Não se trata de definir as regras e fazer os outros obedecer. As regras existem, foram sendo construídas por todos, pela comunidade das nações, ao longo de décadas. Dizem respeito ao respeito pela dignidade humana, às liberdades e à segurança das pessoas. O que se pede é que sejam reconhecidas e praticadas, sem excepções.

Meloni entra suavemente na política italiana e europeia

Giorgia Meloni foi agora investida como primeira-ministra da Itália. E tem-se revelado muito astuta. Não apenas nas nomeações que fez para pastas importantes como também nas declarações públicas, que defendem a Europa e a Ucrânia. Não sei se o diz por convicção, mas a verdade é que a sua entrada em funções tem sido recebida com tranquilidade quer na Itália quer em Bruxelas. Também tem havido uma reação positiva dos mercados financeiros. Só posso esperar que continue na via da moderação, apesar do seu passado ideológico e de ter como companheiros de percurso gente como Matteo Salvini e outros que tantos. A Itália precisa de serenidade e a Europa não quer andar em disputas com os governos dos Estados-membros. Vai ser interessante seguir a governação de Meloni e tentar perceber o que isso poderá significar noutros países, que também têm políticos de inspiração ultranacionalista e fascista.

 

Adriano Moreira: a minha homenagem um pouco diferente

Nunca consegui ler um texto completo de Adriano Moreira. A frase inicial de cada crónica teria dezenas de palavras, várias subfases, entre vírgulas, uma salada de ideias. Tudo fora da minha capacidade intelectual. Por isso, sempre admirei os amigos meus que viam na erudição do professor, que erudição tinha em abundância, um pensamento genial. Mas tudo isso não me impede de reconhecer que desempenhou um papel intelectual invulgar, na sociedade portuguesa. Sobretudo, na vida intelectual das últimas décadas, quando, a partir de 1980, foi possível reconstruir o movimento conservador e do centro-direita em Portugal. Por isso, e pela maneira incansável como contribuiu para o debate público, até ao fim, aqui lhe deixo uma palavra de homenagem. Sem preconceitos ideológicos, pois gente como o Professor Adriano Moreira não deve ser vista apenas através de um estreito funil ideológico.

 

O Dia das Nações Unidas

Hoje é o dia aniversário das Nações Unidas. Em muitos países o dia é celebrado com alguma visibilidade. Nessas terras, o trabalho do sistema das Nações Unidas é muito central, quer na manutenção da paz quer nas diferentes áreas do desenvolvimento. É aí que se vê a importância da ONU. Mas não apenas nesses países. Em Nova Iorque, em Genebra, em Viena, em Nairobi, em Adis Abeba, em Santiago do Chile ou em Bangkok, e noutros locais onde existem escritórios regionais, o peso do sistema é relevante. Como também o é em países em crise, como por exemplo o Burundi, a Síria, o Sri Lanka, na Papua Nova Guiné e muitos outros. O sistema é muito vasto e complexo e nem sempre a comunicação social sabe transmitir o que são e para que servem as Nações Unidas, nos diferentes contextos que existem no mundo. E existe igualmente uma confusão frequente entre o trabalho político, o humanitário e o que é exercido noutras áreas, do desenvolvimento aos direitos humanos, bem como na definição de normas e regras internacionais.

O sistema das Nações Unidas é uma das grandes realizações que foi sendo construída passo a passo depois de 1945. O seu reforço é fundamental. A sua renovação é uma tarefa inacabada, mas que vai sendo feita. Criticar este ou aquele aspecto não põe em causa a enorme utilidade do sistema.

Notas para um debate na televisão

Os tópicos do dia, tratando-se da agenda internacional, claro:

CHINA

O 20º Congresso do Partido Comunista Chinês: que conclusões tirar?

O incidente durante a sessão final do Congresso com o Antigo Presidente Hu Jintao

O poder absoluto de Xi Jinping poderá levar a uma crise interna e ou/externa? Quais são os grandes desafios?

Por que razão não desempenha a China, que está sempre a falar de soberania e da importância do multilateralismo e da ONU, um papel mais activo na resolução do conflito ucraniano?

UCRÂNIA-RÚSSIA

Qual é o objectivo actual da Rússia no que respeita à agressão contra a Ucrânia?

E a questão dos drones iranianos: qual deve ser a resposta da UE?

Que levou Lloyd Austin e Sergei Shoigu a falar por videoconferência na sexta-feira, depois de 5 meses de silêncio? E hoje com os ministros da Defesa turco, francês e britânico?

Qual será a política do novo governo italiano em relação à Rússia e à Ucrânia?

 

 

As fragilidades do gigante chinês

https://www.dn.pt/opiniao/o-futuro-de-xi-jinping-e-o-nosso-15271936.html

Este é o link para a minha crónica de hoje no Diário de Notícias. Penso que é importante seguir com atenção o 20º Congresso do Partido Comunista Chinês. E saber ler para além dos slogans e das frases que fazem parte da coreografia. 

Cito umas linhas do meu texto: "Essa é, na minha opinião, a principal fragilidade da China de hoje, com um regime não apenas de partido único, mas acima de tudo, com um líder incontestável. Um regime ditatorial não é sólido. Tem uma força e estabilidade aparentes, mas com o tempo, por várias razões possíveis, acabará por ruir."

A farsa dos Conservadores britânicos

O Partido Conservador britânico agiu com uma rapidez fulminante. Não precisou de muito tempo para compreender que Liz Truss não tinha condições para desempenhar as funções de primeira-ministra. E que se continuasse no poder levaria o partido à ruína eleitoral e o país ao caos económico. Mas o mais importante era não a deixar continuar a desacreditar o partido. Se assim continuasse, a maioria dos deputados conservadores estaria no desemprego, depois das próximas eleições.

Mesmo assim, e apesar de haverem forçado Truss a pedir a demissão, a imagem dos conservadores junto do eleitorado anda pelas ruas da amargura. Mas o sistema permite-lhes continuar no poder durante mais dois anos, se conseguirem encontrar um substituto credível, alguém que consiga dirigir o governo com um mínimo de competência e juízo. Quem será essa personalidade?

Terá de ser alguém com assento no Parlamento de Westminster. Curiosamente, há quem fale de um possível regresso de Boris Johnson. Se isso acontecesse seria mais um prego no caixão do ridículo em que o partido se encontra. Não creio que a loucura e a excentricidade dos deputados conservadores vão tão longe. No entanto, nestes tempos tão estranhos que vivemos, todas as loucuras são possíveis. Os políticos só andam preocupados com uma coisa: salvar a pele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em memória de Ingrid A.

Ontem teria sido o aniversário da minha amiga Ingrid A. Há muito que não tinha notícias dela. Procurei entrar em contacto com ela, aproveitando a ocasião do aniversário. E tive um grande choque. Ingrid e o marido faleceram num acidente de barco, num dos fiordes do centro da Noruega, no verão de 2019. Chocaram contra os rochedos e morreram no local.

Eu havia atribuído o interregno nos nossos contactos à pandemia, às mudanças da vida e ao facto de Ingrid estar muito ocupada como presidente de uma das câmaras municipais de uma zona costeira do centro da Noruega. Tinha sido eleita aos 28 anos, estava em 2019 a preparar a sua reeleição, aos 33 anos de idade. Era uma das jovens mais brilhantes do Partido Trabalhista da Noruega, colaboradora directa de Jens Stoltenberg, quando este fora primeiro-ministro da Noruega, e também do actual primeiro-ministro, Jonas Gahr Store. Era, igualmente, uma das jovens mais bonitas da sua geração.

Depois de saber isso, já não escrevi mais nada, ontem à noite.

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