Hoje, o meu comentário de Domingo na CNN P
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Como é possível que uma espécie de 1º Cabo, que aprendeu estratégia internacional a comandar segundos-cabos e soldados da GNR, venha todos os dias à televisão dizer mentiras com o simples e óbvio intuito de defender Putin. E agora que Putin é um foragido internacional, esse estratega ao nível de 1º Cabo ainda mente mais e liga coisas que nada têm de ver umas com as outras, só para mostrar que o Ocidente está às portas da morte.
E que Forças Armadas são estas que permitem a um dos seus vir atacar as posições oficiais que Portugal e os seus aliados defendem? Um 1º Cabo na reserva ganha o salário das Forças Armadas por inteiro e tem os mesmos deveres de quem está no activo: não falar de política e sobretudo não atacar as alianças a que o nosso país pertence.
Tudo isto faz dos nossos comandantes militares e do chefe supremo das Forças Armadas umas anedotas, aos olhos dos nossos aliados. E das televisões um instrumento que só pensa em negócios e sensacionalismos bacocos. À 1º Cabo!
Os Estados Unidos, a China e a Europa: um tripé manco e inseguro (dn.pt)
O drone norte-americano abatido nos céus internacionais do Mar Negro era um dos aparelhos que constantemente percorrem a zona, para captar informações sobre as posições russas, situadas a dezenas e dezenas de quilómetros de distância. Nunca entram, no entanto, no espaço aéreo russo.
A razão que levou os russos a abater este não é clara. Existe uma reflexão para tentar perceber a intenção por detrás dessa decisão.
O que é verdade é que esse aparelho seguia uma trajectória de leste para oeste, para se manter fora do espaço russo e permanecer dentro do que é aceitável em termos militares.
Apesar da rota que seguia, ontem, numa das televisões nacionais, um comentador pago, militar na reserva, mentiu aos espectadores e disse que o drone se dirigia para a Crimeia, ou seja, numa rota para norte. O objectivo da mentira seria, segundo imagino, dar um argumento aos pilotos russos para fazer o que fizeram e que não só foi muito grave como poderia ter despoletado uma confrontação entre americanos e russos.
A mentira não foi contestada e o comentador continua a aparecer no canal televisivo e a receber. Será que também recebe alguma prendinha vinda de Moscovo? Quero crer que não. É só ideologia e manipulação.
Três comentários breves, por não haver tempo para mais. Mas terei de voltar a estes assuntos.
Primeiro: A nossa elite política, nos partidos e na comunicação social, não aceita ser contestada. É uma elite de aldeia. Vive em círculos fechados e não admite estranhos. Só as estrelas da aldeia é que têm direito à voz pública.
Segundo: Ter qualidades de liderança, como Zelensky e muitos outros o mostram ou já mostraram, é saber obter resultados com meios reduzidos. Não passa pelo uso dos galões, estatutos, nem por invocações tolas e burocráticas de regras que não podem ser aplicadas. Quando se quer que o sistema funcione, cria-se primeiro as condições necessárias.
Terceiro: O servilismo de certos órgãos da comunicação social em relação a um pardal não chega para o transformar numa águia real. Mostra, simplesmente, um nível de subserviência que roça a saloiice.
A Polónia está rapidamente a tornar-se uma das economias mais dinâmicas da UE. Os novos Estados membros da Europa do Leste estão a mostrar um dinamismo e uma capacidade de aproveitamento da integração europeia que nos é desconhecida. De quem é a culpa?
Vários média russos estão proibidos de emitir no espaço da União Europeia. A primeira lista foi aprovada em março de 2022 e a lista complementar em junho. Os média interditados eram meras fontes de mentira e propaganda da Federação Russa. Alguns deles são dirigidos por intelectuais profundamente antiocidentais, que não perdem uma oportunidade para atacar a União Europeia, à base de falsidades inventadas nos círculos do poder em Moscovo. Fazem-no com grande habilidade, o que os torna verdadeiramente perigosos, em especial numa altura em que o Kremlin lançou uma campanha bélica contra a Ucrânia e pretende destruir a UE.
Fechar esses instrumentos de propaganda não é um acto de censura. Faz parte do conflito. Os europeus sabem fazer a diferença entre a verdade e a mentira. Mas nem sempre é fácil. Nem todos têm a preparação diplomática, os conhecimentos académicos ou a informação necessária para fazer o trio. Por isso, os dirigentes europeus aprovaram essas medidas de proibição.
Um ou outro intelectual comentador na comunicação social critica essas decisões. Na minha opinião, ainda não perceberam em que tipo de conflito estamos metidos, a força e o perigo que o inimigo representa. Devem pensar que todos têm a alta capacidade de discernir que o a sorte lhes deu. Ora, não é assim.
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A minha entrevista de hoje na CNN P sobre a publicação do meu livro "Vivências e Reflexões Geopolíticas: Para Onde Vamos?"
O povo da Geórgia mostrou muita coragem, uma escolha clara pela adesão à União Europeia, e conseguiu convencer o oligarca que faz de primeiro-ministro a retirar o projecto de lei que iria estabelecer um controlo apertado das organizações da sociedade civil. Esse projecto era uma cópia de uma lei imposta por Putin na Rússia há um par de anos e que tem servido para fechar progressivamente todas as organizações que se opõem às suas políticas.
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