Isto dos abraços entre políticos acaba sempre mal
O Presidente da República deve ter aprendido hoje que o cargo não permite familiaridades com ninguém, e especialmente com o Primeiro-Ministro e o Presidente da Assembleia da República. A posição exige distância e formalidade. Foi isso que aprendi ao longo da vida, nos numerosos contactos com gente no poder. E foi isso que pratiquei, ao meu nível, de modo a poder tomar as decisões que se impunham, nos momentos críticos. Os abrações e beijinhos em política diminuem a autoridade e fazem pensar aos outros, incluindo aos tipos do género de António Costa, que está tudo no saco.
O que hoje aconteceu pôs em causa a autoridade do Presidente da República. É verdade que cabe ao PM escolher quem propõe como ministros. Mas depois do que Marcelo Rebelo de Sousa disse publicamente sobre o desgraçado, incompetente e atrevido chamado Galamba – um lambe-botas de Costa, uma espécie de "galambe" – a saída da crise só poderia passar pela demissão do rapazito. Ao não a aceitar, Costa entrou em desafio com Marcelo. E agora, que faz o Presidente?