Viagens e receios
Sigo de viagem para a Europa esta noite. Uma volta curta, apenas uns dias de ausência, antes de entrar na fase final de consultas sobre o futuro da missão de paz no Chade e na RCA. O Conselho de Segurança definiu, de um modo muito claro, os parâmetros desta nova fase de discussões.
Tudo isto abre um novo capítulo nas relações entre o Conselho e os países que beneficiam da presença de uma missão de manutenção da paz. Vão ser escritas teses sobre a matéria. A doutrina neste campo da lei internacional vai certamente ser influenciada pelo que está a acontecer à MINURCAT.
Só que, no meu caso, as coisas são bem mais terra-a-terra. Trata-se de tentar chegar a um acordo entre as partes. À partida, parece quase impossível, tal é a distância a percorrer. Neste caso, a distância não é a de uma viagem de avião, mas sim a que separa interesses bem opostos. Como acontece com muitas viagens, há o fascínio do desconhecido, mas também o receio a ele associado.