De gigantes e anões
25 de Abril foi há mais de uma geração. Abriu as mentalidades, deu liberdade ao país, revolucionou os valores. Representou uma transição histórica.
Agora, Portugal precisa de um novo sobressalto patriótico. Uma revolução das mentalidades.
Deixámos a mediocridade e o fatalismo tomar conta de nós. Vivemos alienados dos nossos próprios problemas, sem ver que assim não vamos a parte alguma, dominados por círculos dirigentes restritos, pouco interessados no bem comum, comodamente instalados num egoísmo que não deixa espaço aos que não pertencem à rede dos interesses dominantes.
O português honesto fechou-se sobre si próprio, diz que não há nada a fazer, que os que têm poder não permitem que se faça ondas, aceita a redução do seu mundo.
É no interesse dos senhores do poder ter uma população de anões. É no interesse do nosso futuro contrariar esse desejo.