Um Primeiro de Maio em crise
Ontem não houve escrita. Mas, não foi por estar em greve.
Por falar em greve, penso que se trata de um direito amargamente adquirido pelos trabalhadores e que deve ser respeitado, sem hesitações. Existem, todavia, circunstâncias, quando a crise é tal e tão profunda, que devem fazer ponderar, com muito cuidado, o recurso a esse tipo de combate social. Nessas alturas, os líderes devem procurar o diálogo a todo o custo.
A situação na Grécia, em Portugal, e noutros países da UE exige, mais do que nunca, muita sabedoria na concertação social. Os anos futuros vão ser tempos de vacas magras. Só um esforço patriótico, partilhado e bem compreendido por todas as partes, vai permitir ultrapassar essa fase difícil. Temos a responsabilidade de contribuir para a clarificação do que é preciso fazer e cada actor social terá que entender qual o papel que lhe corresponde.
O essencial é estar à altura dos desafios.