Internacionalismo
A minha estada na Noruega teve que ver com duas palestras que vim fazer sobre a reforma das operações de manutenção da paz e a segurança internacional.
A Noruega, depois de três ou quatro anos de recuo e de introspecção, está novamente na vanguarda da reflexão internacional sobre estas matérias. NUPI, o instituto norueguês que se ocupa da investigação sobre política internacional, um centro altamente prestigiado, está a investir recursos significativos nas questões globais de segurança . Em finais de Junho patrocina, em Genebra, uma reunião técnica sobre os novos desafios na área da manutenção da paz e das intervenções militares.
Por outro lado, a minha amiga Ingrid, uma jovem com uma capacidade de mobilização invulgar, e com uma beleza viking que faz perder a cabeça dos mais jovens, que os velhos como eu já não têm idade para essas coisas, conseguiu transformar o debate sobre o apoio norueguês à ONU num assunto que interessa à opinião popular. Enquanto membro do comité das relações internacionais do Partido Trabalhista, esteve em contacto com todas as secções de base do partido, o que as levou a discutir o estado da relação entre a Noruega e as Nações Unidas. A maioria das secções tomou uma posição pública sobre o assunto.
Disse-lhe ontem, ao jantar, que isso não acontece em mais nenhum país europeu. O sentido internacionalista está muito mais desenvolvido na Noruega do que nos Estados da UE.