No alto mar
Há alturas em que convém fechar para balanço. Parar, fazer as contas ao negócio e à vida, pensar no futuro, ver como mudar de rumo.
Só que um país, sobretudo se for membro da UE, não tem portas nem barreiras. O balanço faz-se em movimento. Para utilizar a imagem de Van Rompuy, estamos a construir uma barcaça salva-vidas em pleno mar, quando o navio-mãe está com rombos muito sérios a estibordo. É preciso, numa situação dessas, manter o sangue-frio. Não é fácil.