Lixos
Lixo. O meu escrito vai directo, hoje, ao lixo.
Visitei, esta tarde, o vazadouro público da Região de Bruxelas. É o local onde as famílias e as microempresas podem (e devem) despejar gratuitamente tudo o que não é recolhido porta-a-porta. Móveis, o que tenha sobrado de obras em casa, latas de tinta, aparelhos electrodomésticos, velhas bicicletas, grandes quantidades de papel, malas de viagem, metais, pneus, enfim, tudo aquilo que enche as caves e os sótãos dos agregados domésticos. Não aceitam, no entanto, os restos da política que nos confunde todos os dias. Nem as decisões opacas dos eurocratas. São matérias dificilmente recicláveis.
Aberto cinco dias por semana, presenciam-se, a todo o momento, filas de carros particulares à espera de vez.
É impressionante e preocupante ver a quantidade de lixo que as famílias urbanas europeias produzem.
Mas é interessante ver o início dos processos de reciclagem, com imensas oportunidades de negócio, que começam no vazadouro da grande cidade. Como também é curioso ver a disciplina das famílias, que aderem ao programa sem hesitações.