Sobre os desafios e a revolta do caniço em Moçambique
Não podia deixar de escrever, esta semana, na Visão, sobre a revolta nos bairros de caniço, que cercam Maputo e a Matola.
Não foi apenas a questão do aumento do custo de vida, insuportável para quem sobrevive ao nível da miséria. Foi a expressão de um profundo mal-estar, numa terra de grandes desigualdades sociais.
Há trinta anos, Maputo e arredores teriam cerca de 750 000 habitantes. Nessa mesma área urbana vivem agora cerca de 1 700 000 pessoas. As migrações trouxeram a pobreza dos campos e transformaram-na na miséria das cidades. O caniço é hoje um labirinto de frustrações e um viveiro sem fim de gangues criminosos.
O meu texto sublinha igualmente o que de positivo se conseguiu fazer, nestas duas últimas décadas. Mas sugere um novo paradigma de desenvolvimento para Moçambique. Um modelo que não beneficie apenas as elites.
O artigo está disponivel no sítio seguinte:
http://aeiou.visao.pt/mocambique-os-desafios-do-canico=f571716