Armas e desenvolvimento
Enquanto se discutia em Nova Iorque como combater a pobreza e atingir os objectivos de desenvolvimento aprovados no início do milénio, chegaram-nos notícias de outro tipo. Sobre o comércio de armas.
A Rússia decidiu gastar 466 mil milhões de euros, nos próximos dez anos, em equipamento militar. O objectivo central é o de aumentar a capacidade de combate das forcas armadas, com uma atenção especial a ser dada às armas nucleares. Que conflitos possíveis estarão na base desta decisão altamente estratégica? Fica a pergunta. Sem que se saiba qual é a resposta.
Ao mesmo tempo, um certo número de países do Golfo Pérsico anunciou uma encomenda de 123 mil milhões de dólares em armamento. O fornecedor será os EUA. Desses Estados, a maior compra será feita pela Arábia Saudita - 67 mil milhões. Os outros compradores incluem os Emirados Árabes Unidos, o Kuwait e Oman. Neste caso, o inimigo declarado é o Irão. O objectivo é ter uma capacidade aérea que dissuada os iranianos.
O comércio de armas está de vento em popa. O mesmo não se poderá dizer das questões do desenvolvimento.