G20 ou muito menos?
A Cimeira do G20 viu a China ao ataque e os EUA à defesa. Estava previsto o contrário.
O Presidente americano tinha a intenção de mobilizar apoios para forçar a China a baixar o nível de controlo da sua moeda. Mas não conseguiu. Acabou por ter que justificar a recente emissão de novos dólares - 600 mil milhões, sob a designação de Quantitative Easing. Esta medida está a ser vista pelos outros membros do G20 como uma desvalorização indirecta do dólar, para tornar a economia americana mais competitiva, de um modo artificial.
O Presidente Obama esteve em Seul, mas as suas preocupações continuaram focalizadas na situação interna dos EUA. Ou seja, desta vez não desempenhou o papel de líder global que havia assumido anteriormente. E assim vai continuar a ser, enquanto não houver um clima político mais favorável na frente interna, junto do eleitorado americano.
Entretanto, a
s grandes questões dos desequilíbrios económicos entre os Estados do G20 e da estabilidade cambial ficaram à espera da próxima reunião.