Os medos dos intelectuais conservadores
O Presidente do Egipto está por um fio. A autoridade do Estado deixou de ser exercida. Apenas a instituição militar se mantém de pé, mas ficou claro que não está disposta a agir contra a população. A nomeação de um Vice-Presidente não resolve nenhum problema. A personalidade escolhida é um fiel servidor de Mubarak. Tem influência nos serviços de segurança, mas esses serviços entraram em colapso total e já não pesam. Não tem, por outro lado, nenhuma influência nas Forças Armadas.
Houve, como seria de esperar, actos de pilhagem. Mas as populações e os militares estão a organizar-se, para que isso não se espalhe.
Entretanto, alguns blogs portugueses, de gente muito conservadora, já estão a ver fundamentalistas islâmicos em cada canto do Egipto. Começaram a aparecer, por estas terras lusas, os textos da intolerância e do medo. A aldeia sente-se cercada.