O helicóptero e a crise
Bem cedo pela manhã, estava para embarcar no aeroporto de N'Djamena, com destino `a fronteira com a República Centro-Africana, quando vejo passar a todo o gás um helicóptero das forças irlandesas, como se estivesse a levantar voo ao estilo de um avião.
Chegou ao fim da pista sem ganhar altitude e acabou por enfiar o nariz no areal que se segue, após o fim do alcatrão. Felizmente, não houve vítimas, nem feridos graves.
Mas o interessante foi ver passar dezenas de veículos, ambulâncias, carros de combate ao fogo, da polícia, das autoridades de todo o tipo, grandes meios, que o helicóptero era militar e tinha o apoio da missão de protecção europeia.
Fizeram-me pensar na crise económica e financeira internacional que se despenha também nos dias de hoje. Os carros dos políticos, dos grandes economistas, dos salvadores de todo o género, correm para o lugar do acidente. Mas a verdade e' que o crash já teve lugar e os grandes meios apenas servem para mostrar que há resposta, mas quando já não há muito que salvar.
Fizeram-me pensar na crise económica e financeira internacional que se despenha também nos dias de hoje. Os carros dos políticos, dos grandes economistas, dos salvadores de todo o género, correm para o lugar do acidente. Mas a verdade e' que o crash já teve lugar e os grandes meios apenas servem para mostrar que há resposta, mas quando já não há muito que salvar.
Certos líderes, nesta crise de agora, são mesmo como os bombeiros pirómanos. Deixaram atear o fogo, gozaram com o espectáculo, e agora reúnem-se, com o barulho das sirenes a fingir que há meios, para constatar apenas que só um milagre e' que fará com que não hajam vítimas.