Que política face à vaga democrática no mundo árabe?
Djibuti foi hoje atingido pela onda de choque que está a percorrer as ditaduras árabes. O país tem eleições presidenciais marcadas para Abril. O Presidente cessante, Ismael Omar Guelleh, conseguiu a habilidade de alterar a constituição, para se poder candidatar a um terceiro mandato. A rua disse-lhe, esta tarde, que já chega.
O caso de Djibuti vem confirmar a teoria do contágio democrático.
Entretanto, a situação está a agravar-se na Líbia. Há um numero de vítimas elevado. As indicações que vão surgindo, poucas, tendo em conta a censura e as restrições à entrada de jornalistas estrangeiros, mostram um crescendo da violência. Há motivos para sérias preocupações.
O Ocidente ainda não disse nada de monta sobre a crise na Líbia. E tem revelado uma timidez de voz, no que respeita ao Bahrein.
Em Bruxelas, por exemplo, existe um silêncio que faz pensar. Ainda haverá alguém com autoridade em matéria de política externa?
A grande questão, de imediato, é a seguinte: qual deve ser a política da União Europeia e dos Estados Unidos em relação à vaga de fundo que varre o mundo árabe?