Imagens
A imagem de Portugal no Norte da Europa precisa de levar um safanão.
Ainda hoje, numa breve estada na Holanda, tive oportunidade de me aperceber, uma vez mais, que a opinião sobre o nosso país não é boa. Com meias palavras, era como se se dissesse que países como Portugal deveriam abandonar o clube europeu. Seriam países que estariam a jogar numa liga que está acima das suas possibilidades.
Há aqui um papel para os nossos embaixadores nas capitais europeias. Têm que se tornar mais activos junto da opinião pública dos países onde estão afectados. Devem mostrar um Portugal diferente. Como também devem lembrar aos europeus do Norte que todos ganham com o projecto comum.
É evidente que só por si, uma campanha de informação não é suficiente. Os portugueses têm que dar provas de sentido cívico, de abertura de espírito, de empenho, seriedade e disciplina, de trabalho árduo e útil. Devem, acima de tudo, escolher líderes de melhor qualidade, capazes e dignos, gente de visão, interessada no bem comum.
Falando de escolhas, a anúncio da designação, pelo Presidente da República de um novo Conselheiro de Estado deixa-me perplexo. Por que razão terá ido Cavaco Silva buscar um homem que se tem estado a posicionar como um ideólogo da direita caceteira, um sonso que mais não é que um revanchista dum Portugal retrógrado e amargurado, um fulano de uma outra época, um político sem brilho, pirómano da política dos ataques pessoais?
Com esse tipo nomeações vamos continuar a cultivar a imagem de um Portugal baixinho e vingativo.