Corpos pouco diplomáticos
Lisboa é única capital que conheço --e vocês sabem que eu já estive em muitas-- onde as "meninas da noite" e os seus "dedicados protectores" operam, com toda a liberdade, nas ruas em que vivem alguns dos embaixadores estrangeiros.
Temos um bairro diplomático bem animado, de facto. Veja-se, à noite, a avenida do Restelo, junto às residências oficiais do Japão, da Coreia do Sul, do Irão, das embaixadas de Cabo Verde, da Argélia, da Noruega, e outras. Ou a das Descobertas e zonas afins. Imaginem o que é ir a um jantar oficial numa dessas residências, com toda a animação de rua que por ali vai, todos os serões.
Aparentemente esta situação, que incomoda os diplomatas estrangeiros e os seus convidados, parece não ser considerada digna de nota nem nas Necessidades nem na Administração Interna. Ou então, finge-se, uma vez mais, que se não vê.