Tino
Um dirigente partidário disse ontem, alto e bom som, que não está de acordo com a inclusão de uma cláusula na Constituição que limite a dívida pública. A razão que mencionou é estranha. Diz que está farto dos mercados.
Este tipo de declarações, neste momento de crise profunda que Portugal vive, é inoportuno. Não tem em conta as dificuldades financeiras que o país atravessa e a necessidade de encontrar novos financiamentos.
Pede-se a quem tem responsabilidades públicas e que representa, ao mesmo tempo, a direcção de um partido do arco da governação, que tenha mais tino. Não é uma questão de andar a zorros em relação aos mercados. Trata-se, simplesmente, de perceber onde nos encontramos.