Confiar nos nossos concidadãos
Depois de ter feito o check in, apercebi-me que havia trazido na bagagem de mão um carregador telefónico que deveria ter ficado em casa, onde faria falta, durante a minha longa ausência que hoje começou. Que fazer? Não tinha ninguém a quem o entregar no aeroporto, como também não teria tempo de voltar a casa, para o deixar.
Fui à praça de taxis das partidas, a da parte de cima, no aeroporto da Portela, e o primeiro táxi disponível avançou na minha direcção. Era conduzido por um jovem, que pela conversa percebi ser muito recente na profissão. Entreguei-lhe o carregador, dei-lhe o valor estimado do custo do percurso, e pedi-lhe que o entregasse em casa. Sem mais. Disse-me que estivesse descansado.
E entregou.
Fiquei contente. Foi bom para a minha maneira de ver as coisas saber que se pode confiar num motorista anónimo que faz do táxi o seu ganha pão.
O país precisa que se tenha confiança nas pessoas. Assim se construíram, noutros lugares, sociedades que funcionam bem.
A confiança cívica faz parte da riqueza de um país.
Este terá sido um caso isolado, mas quero acreditar que abre uma luzinha de esperança.