O Alberto põe-nos à prova
O Alberto já mostrara repetidas vezes ser um trapalhão de primeira apanha. E, também, um demagogo. Só que isto de ser demagogo com o dinheiro dos outros tem um preço muito elevado, nos dias de hoje. Vem complicar a vida de todos nós. Mas, acima de tudo, agrava um problema que precisava, aliás, de ser aliviado: a imagem trapalhona, pouco séria, de Portugal, nalguns círculos internacionais. O Alberto veio dar argumentos a quem nos quer afundar. O Alberto é um político suicida. Só que, quando rebenta, leva muita coisa com ele.
Existem aqui várias questões. Por um lado, a experiência já nos havia ensinado, noutros cantos do mundo, que um idiota que fica muitos anos no poder acaba por praticar a idiotice fatal, que acarreta grandes consequências, que tem um impacto de longo prazo, que traz a desgraça. Em seguida, a demagogia é útil aos clientes e fiéis do demagogo. O demagogo sabe que tem que deixar o seu círculo de seguidores aproveitar-se da situação, que isso o ajudará a guardar o poder. Em terceiro lugar, uma situação como a que o Alberto criou é um teste litmus para a liderança do seu partido e para a Presidência da República. O líder do partido do Alberto vai ter que tomar posição. Não se pode refugiar por detrás do mar que nos separa da terra do Alberto. Tem que mostrar que está à altura. O Presidente, enquanto garante dos interesses nacionais, e do bom funcionamento das instituições da República, incluindo dos governos regionais, vai ter que se pronunciar.
O Alberto é, na verdade, um problema nacional.