Segurança e intercepção
A identificação e posterior detenção de um cidadão americano, residente na zona de Sintra e há mais de 40 anos procurado pela justiça americana, tem despertado muito interesse, junto da opinião pública. Vários escritos, em particular no mundo dos blogs, têm sido produzidos sobre a matéria, sobretudo relacionados com as técnicas utilizadas pelos Estados Unidos para descobrir o paradeiro do fugitivo. Alguém chega mesmo a levantar a ideia de que os americanos teriam acesso aos milhões de impressões digitais arquivadas no Ministério da Justiça.
Tudo isto mostra que a nossa imprensa, e quem comenta, não tem ideia alguma de como funciona o sistema de segurança internacional. Na verdade, existe um sistema de intercepção de comunicações altamente sofisticado. As comunicações provenientes de Portugal, bem como as que a ele se destinam, incluindo emails e chamadas para certos números de interesse, do ponto de vista da segurança, passam pelo crivo. Infelizmente, não é possível entrar em pormenores, mas tudo começa dessa maneira, num caso como este.
O sistema é gerido pelos EUA e pela Grã-Bretanha, em conjunto com o Canadá, Austrália e a Nova Zelândia.