Um dia em cheio
A poucos dias da cimeira do G20, que se realiza na Baixa Califórnia, uma região mexicana de grande beleza natural na costa do Pacífico, a 18 e 19 de Junho, a crise da zona euro poderá focalizar todas as atenções dos participantes e deixar um espaço ínfimo, se deixar, para as outras grandes questões internacionais.
Esta possibilidade está a criar tensões entre os BRIC e o México, de um lado, e a UE e os EUA, do outro. O Presidente Obama telefonou hoje ao fim da tarde a Van Rompuy e, segundo me dizem, a única questão discutida foi a crise europeia, os indícios de agravamento e os riscos de contágio.
Para cúmulo, as informações que circularam, durante o dia, em Bruxelas, eram das mais contraditórias, quer em relação à atitude a tomar em relação à Grécia, no caso das eleições darem a vitória aos partidos que se opõem ao programa de ajustamento estrutural, quer ainda no que respeita aos procedimentos a seguir para aprofundar a "união bancária" e a "união fiscal".
Para acrescentar mais umas achas à fogueira, Francois Hollande recebeu em Paris os líderes da oposição social-democrática à Sra. Merkel...Ou seja, encontrou maneira de agravar a crispação entre Paris e Berlim, que já é bem evidente e profundamente contraprodutiva...
Com esse tipo de tensões, vai ser ainda mais difícil chegar aos acordos que se impõem de imediato, que o curto prazo exige.