Tranquilidades
A reunião do G20, que hoje começou na costa pacífica do México, promete ser um fiasco. A crise europeia invadiu os corredores e as salas da cimeira. Os líderes do resto do mundo pedem aos europeus que se entendam e estes respondem que não têm lições a receber de ninguém.
Entretanto, os resultados das eleições gregas não parecem ter acalmado os mercados. O Citigroup considerou, esta manhã, que a probabilidade de saída da Grécia da zona euro, nos próximos 12 a 18 meses, continua ser a mesma: entre 50 e 75 por cento. O euro - a moeda, não o futebol - está esta noite em queda. A Espanha vai ao mercado de capitais amanhã e na quinta-feira, à procura de três a cinco mil milhões de euros, a prazos de 12 e 18 meses, mas terá, muito provavelmente, que pagar juros incomportáveis. A Itália está a ir pela mesma via, embora a um ritmo menos acelerado. E em Portugal, segundo me dizem, o Estado está com problemas de liquidez.
O único que parece estar optimista é Van Rompuy. Disse hoje, no México, certamente inspirado pelos ventos do Pacífico, que "... o projecto do euro sabe qual é o seu destino e nós sabemos como chegar lá". Ficamos todos mais tranquilos.