Resolver as crises sociais
Portugal precisa de mais diálogo social e político.
A manifestação pública dos professores, que ontem mobilizou a classe de uma maneira que impressionou todos os observadores imparciais, veio mostrar que há um défice de diálogo e de bom senso na nossa sociedade.
Não nos podemos ancorar a posições extremas, em que um lado tem toda a razão e o outro e' senhor de todos os erros. Não se constrói um país melhor assim, com posições inflexiveis e acusações mútuas.
É necessário encontrar um corpo de árbitros sociais, de gente sábia e independente, que ajude na resolução dos grandes conflitos sociais.
O parlamento, cheio como esta' de gente do yes-man, não pode desempenhar esse papel. Os tribunais não têm vocação para esse tipo de conflitos. E os órgãos de concertação social andam a brincar aos sonâmbulos públicos, ou, por vezes, aos circos políticos.
Há por isso que criar um corpo nacional de voluntários de grande prestígio, personalidades que já fizeram a sua vida, dispostas a ajudar as partes em conflito a chegar a um compromisso, neste caso dos professores e noutros.
Ganharíamos todos.