Ainda sobre a Guiné-Bissau
A posição intransigente de Portugal em relação ao chamado governo de transição na Guiné-Bissau está a criar um sério clima de tensão entre o nosso país e a CEDEAO, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Esta situação precisa de ser resolvida ao mais alto nível da política externa portuguesa, pelas consequências negativas que tem no que respeita aos nossos interesses naquela região de África.
Mais ainda, dentro da CPLP, Portugal deve trabalhar no sentido de fazer com que o Brasil assuma um papel mais activo na resolução da crise guineense. Uma linha de actuação desse tipo será coerente com o facto do Brasil ter, ao nível da ONU, um papel de liderança nas matérias relativas à Guiné-Bissau, enquanto chefe de fila do grupo de nações que apoiam a consolidação da paz em Bissau.