Fronteiras e expectativas
Copyright V. Ângelo
Esta manhã havia Sol em Riga. Agora, à tarde, está um tempo de Outono.
Estas terras são frias, mas as gentes são simpáticas. Fui almoçar num dos bairros não frequentados pelos turistas. A dois passos do centro, mas fora dos circuitos. Sem problemas, que o inglês é hoje uma língua comum aqui. Ao lado do letão e do russo, muita gente o fala, o que dá a este povo uma grande vantagem no mercado global.
Aqui, acredita-se no futuro. Houve crise, as pessoas perderam uma parte do seu poder de compra, mas estão agora a recuperar. Os investimentos estrangeiros são bem-vindos. Mas ainda existem velhos preconceitos contra a Rússia vizinha, o colosso. No dia em que eles forem ultrapassados, esta economia de fronteira vai dar um grande salto em frente. A Rússia é um vasto mercado por explorar. Quanto mais ligações e abertura nessa direcção tanto melhor.
As empresas portuguesas deviam explorar a hipótese de ganharem espaço nos países bálticos. Estarão assim a preparar o futuro, junto a um portão que se vai abrindo progressivamente e que oferece enormes perspectivas. Há que saber estar nos sítios certos.