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Uma noite serena na cidade velha de Riga. É sexta-feira à noite, está tempo seco, 14 graus, a juventude veio para o centro da cidade. Trata-se de hábito que surgiu após a queda da União Soviética. Dá prazer ver as pessoas a desfrutar a tranquilidade de uma capital bonita, limpa e bem restaurada. E ver a beleza desta juventude. Há muita gente muito bela.
Dei a ultima volta, depois de dezassete dias na cidade, pela urbe antiga. Amanhã, a direcção é Frankfurt e assim sucessivamente.
Quando cheguei, no início desta estada, e voltei à Academia de Defesa da Letónia, o edifício cheirava a pintura fresca. De facto, embora tivesse sido pintado há um ano, voltaram a faze-lo agora, antes do começo do nosso exercício. Para que tudo esteja apresentável e para honrar quem vem de fora. Lembrei-me, então, da rainha de Inglaterra. Elizabeth II quando sai do palácio em visita a qualquer ponto do reino fica sempre com a impressão que a Grã-Bretanha cheira a tinta...Creio que achará, ao fim de tantos anos de reinado, que assim é. Na verdade, é penas um país pintado de fresco, antes da chegada da rainha.
Em Portugal, como as coisas estão agora, penso que seria assobiada. E talvez levasse com uma lata de tinta na cara. Andamos com as estribeiras perdidas, diria gente com um pouco de bom senso...É ou não é verdade?