Disfuncionalidades
Embarquei recentemente através do aeroporto Charles de Gaulle (CDG), em Paris.
Havia mais de dois anos que não passara por CDG. Os serviços de apoio aos passageiros estão agora menos eficientes. Para quem viajava para fora da Europa, da Ásia às Américas, incluindo os muitos que seguiam para África, havia apenas um sector de check-in aberto, com meia dúzia de balcões, no terminal 2E. O meu voo partia do terminal 2F, bem afastado que está, outros passageiros, com outros destinos, teriam que embarcar noutros terminais, mas todos tínhamos que fazer o registo das malas e obter o cartão de embarque num desses seis miseráveis balcões, no 2E. A fila de espera era tão longa que demorou uma hora e vinte minutos a ser percorrida, apenas para deixar as malas. Isto em Classe Económica. Para quem viajava em Executiva ou Primeira, havia um sector logo ao lado, também com cerca de seis balcões, mas praticamente sem passageiros. Mas de acesso interdito aos simples mortais que se deslocam em "Classe Sardinha".
A concentração de todos os check-ins num só sector é uma medida de poupança, percebi…
Claro que isto atrasou toda uma série de voos de longo curso, incluindo o meu. Saiu, no que me respeita, uma hora após o horário. Estes atrasos têm custos muito elevados. Muito maiores do que as miseráveis economias efectuadas na área do registo de bagagens.
Não dá para entender, à primeira vista.
Mas a verdade é simples: o check-in é da responsabilidade de uma empresa, Aéroports de Paris; os voos são por conta das companhias aéreas…
Ou seja, poupo eu, pagas tu!