O toque do despertador
Quando me desloco ao Luxemburgo, o hábito é almoçar no restaurante La Boucherie, no centro da cidade, na Place d’Armes.
No passado, arranjar mesa era uma questão de sorte, empurrado para um canto de uma das salas, tudo cheio, ou então, fazer uma refeição mais tarde, já perto das 14:00 horas. Este ano, as coisas estão diferentes. Das duas ou três vezes que lá fui, notei que a casa funciona a meio gás. Escolhe-se a mesa que se quer e os empregados dizem muito obrigado. Os jovens quadros, das empresas financeiras e dos bancos que definem esta parte cidade, desapareceram da Boucherie e dos outros restaurantes das redondezas. Muitos talvez até tenham perdido os seus empregos. Mas a maioria come agora de pé, na rua, depois de ter comprado uma sandes, que têm aliás um excelente aspecto. Não será, todavia, por razões de aspecto…
Nesta última visita dei comigo a pensar que afinal havia muita gente por essa Europa a viver acima das suas possibilidades…