Coisas estranhas
O aeroporto de Bruxelas estava, esta tarde, repleto de malas extraviadas. Havia-as por toda a parte, junto dos vários carrosséis de bagagem. Estranho.
Lá fora, o taxista que me apanhou disse-me, às 17:30, que havia começado o seu dia três horas antes e eu era o seu primeiro cliente. Parece que isso ocorre com frequência, cada sábado à tarde.
Levou-me ao destino, sem velocidades, que por aqui existem muitos radares. Fixos e móveis. Lembrei-me então da menina de nove anos que ontem fora atropelada mortalmente, na zona de Vila Nova de Gaia, em cima da passadeira, quando atravessava a rua, em frente da sua escola e da sua mãe. E pensei que nós, em Portugal, somos muito pouco prudentes, conduzimos como loucos, mesmo nas cidades. Por que razão o fazemos?