Ideias gerais
Ao folhear um caderno de notas antigo, vi que uma das mensagens centrais do relatório do PNUD sobre o Desenvolvimento Humano, em 2000, dizia respeito à maneira de praticar a democracia em países como Portugal. Em resumo, recomendava que para além das eleições multipartidárias e do sufrágio universal, que são os pontos de partida de um regime democrático, se colocasse a ênfase na qualidade e no estilo da governação. Estas eram consideradas, a partir de então, as duas dimensões consideradas importantes numa época em que o poder é exercido à vista de todos, graças às novas maneiras de comunicar. O que se faz e as razões do seu fazer são escrutinados por cada cidadão, de imediato, sem recuo nem tempo para mais explicações. Há, por isso, que o fazer bem e de modo claro. O estilo da governação é igualmente importante. Passa pela inclusão, pelo diálogo e pela distinção no modo de o fazer.
Caso contrário, temos uma governação com imagem de incompetente e de boçalidade.