Um imbecil a juntar aos outros
Se houvesse um Prémio Europeu da Estupidez, o ministro das Finanças da Holanda, que é igualmente presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, seria um candidato destacado, com imensas condições para o ganhar.
Membro do Partido Trabalhista (Socialista) da Holanda, ministro há quatro meses, pouco percebe de finanças públicas e nada de assuntos europeus. Mas é um moralista radical à moda holandesa, que foi alimentado nos preconceitos tradicionais, particularmente contra os “latinos da Europa”.
Também não entende que dizer que o programa imposto a Chipre passa a ser o modelo para o futuro é uma afirmação de graves consequências para a confiança dos mercados nos sistemas bancários dos países europeus que atravessam dificuldades financeiras. Disse-o, numa entrevista de hoje à Reuters e ao Financial Times. Depois, e com os mercados a vir por aí abaixo, alguém lhe deve ter puxado as orelhas – terá sido a Tia Ângela? – e o cretino foi obrigado a emitir, através dos serviços de imprensa do Conselho Europeu, um comunicado a dizer que cada país é um caso e que Chipre não abriu nenhum precedente.
Ele também não abriu qualquer precedente, pois imbecis é gente que não falta nos corredores de Bruxelas.