A qualidade e o tratamento cuidado das coisas
Têm sido dias de viagem. Bons para a imaginação e para alargar as vistas, mas fracos em termos de disponibilidade para a escrita. Por isso, a ausência dos últimos dias.
Ontem, por exemplo, estive em Saint Émilion, uma região a cerca de 40 quilómetros de Bordéus, em França. Classificada pela UNESCO como fazendo parte do património cultural da humanidade, devido à beleza da localidade, das propriedades rurais e dos seus campos, das aldeias e das casas, é um centro de renome mundial em matéria de produção de vinhos de grande qualidade. Uma reputação que vem de há séculos, graças a uma longa história de exportação de vinhos para a Inglaterra.
Saint Émilion vive da qualidade de vida que oferece e dos vinhos de alta gama que coloca no mercado. É um exemplo de como o cuidado que se põe em fazer bem as coisas tem um preço alto e faz viver a economia local. Vende-se qualidade e prestígio. E quem lá vai, paga um preço que não é barato. Mesmo assim, num dia de Outono como o de ontem, estava cheia de turistas.