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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Vladimir Putin e os seus negócios com Kim Jong Un

Ursula von der Leyen e, noutro universo, Vladimir Putin e Kim Jong Un (dn.pt)

Este é o link para o texto que publiquei na sexta-feira no Diário de Notícias. 

Cito umas linhas dos texto: "Já Putin e Kim não precisam de falar do seu futuro político. Estão convencidos que têm impérios para mil anos. Em Vostochny falaram sobretudo da cooperação militar. A Rússia pode ajudar nas áreas do nuclear e da conquista do espaço, que são duas obsessões de Kim. E a Coreia do Norte pode fornecer munições, obuses e outras peças de artilharia, embora os russos hesitem quanto à precisão desse material. Mas o encontro tinha sobretudo várias dimensões políticas: mostrar que a Rússia e a Coreia do Norte se podem entender sozinhas, sem a intermediação da China, de quem não querem ser vassalos; que a Rússia poderá estar pronta a vetar, no Conselho de Segurança da ONU, qualquer renovação das sanções contra Pyongyang, quebrando assim a unanimidade que tem existido entre os membros permanentes, a não ser que os países ocidentais adotem uma postura mais branda no seu relacionamento com Moscovo; e finalmente, os russos querem assinalar que a sua escalada do conflito com o Ocidente pode levá-los a incitar Kim Jong Un a cometer uma loucura bélica na sua parte do mundo. Isso levaria os EUA a virar toda a sua atenção para o nordeste da Ásia, deixando a Ucrânia para trás, em termos de apoio."

O comunicado final do G20

Para quem se interessa por questões internacionais, recomendo a leitura atenta do comunicado aprovado no final da cimeira do G20. É verdade que não menciona nominalmente a Rússia como Estado agressor. Mas reafirma os princípios da Carta das Nações Unidas, que a Rússia viola desde o início da sua guerra injusta contra a soberania e o povo da Ucrânia, e lembra que os vários países do G20 mantêm as posições que adoptaram quando das votações na ONU sobre a questão.

O comunicado identifica igualmente toda uma série de iniciativas e reformas que são necessárias ao nível global e insiste na importância da cooperação entre os países. No seu conjunto, é uma boa agenda de trabalhos.

O problema estará, como de costume, ao nível da execução. As palavras são bonitas, os compromissos assumidos são os apropriados, os líderes sabem o que deve ser feito, etc, mas com o tempo ver-se-á que se fica apenas pelas promessas. O nível de execução, quando existe, é muito baixo.  

Um G20 sem a China, vale quanto?

G20: a ausência de Xi Jinping é um alerta (dn.pt)

Este é o link para a minha crónica de hoje, publicada no Diário de Notícias. A não comparência do líder chinês parece mostrar que já entrámos na nova ordem política internacional. 

Cito de seguida umas linhas do meu texto: 

"Os dirigentes indianos varrem para debaixo do tapete essa ausência. Ao reagir assim e ao sublinhar que o primeiro-ministro chinês Li Qiang estará presente, estão a proceder da maneira que é diplomaticamente apropriada. Mas isso não esconde certas evidências fundamentais. As disputas fronteiriças e a concorrência geoestratégica entre ambos os países. As críticas de Beijing à aproximação cada vez maior entre Nova Delhi e Washington. E o facto de não haver acordo sobre o texto do comunicado final da reunião, no que respeita à agressão injustificada e sem-fim da Rússia contra a Ucrânia. A China não quer entrar nessa discussão, apesar de pretender ser o líder da nova ordem internacional. Ora, liderar é ser capaz de mostrar o caminho do futuro e não cair na prática que tem sido tão habitual na cena internacional, a dos dois pesos e das duas medidas."

Erdogan e a sua reunião com Putin

O Presidente Erdogan voltou de Sochi, do seu encontro com Vladimir Putin, profundamente preocupado. Achou que Putin está absolutamente determinado a continuar a agressão militar contra a Ucrânia, custe o que custar. Não há qualquer hipótese de negociações no horizonte. E que, se fôr necessário, não hesitará e atacará um ou outro país ocidental. 

Como vamos descalçar esta bota?

A crise criada pela clique que controla o poder na Rússia põe em causa o futuro pacífico da Europa, para além da destruição que provoca no Ucrânia. Deveria ser resolvida com um tratado de paz abrangente, que englobasse todas as partes. Mas não vejo hipótese alguma de se conseguir um tal tratado. Deve, no entanto, repetir-se continuamente que essa seria a única solução razoável e respeitadora dos direitos soberanos da cada Estado.

Um armistício e um congelamento das hostilidades é inaceitável, por beneficiar o infractor. Não é impossível de obter, mas deixaria o problema por resolver e acabaria, mais tarde ou mais cedo, por dar lugar a uma nova agressão russa e a uma nova guerra. E abriria a possibilidade de outras agressões da Rússia contra a sua vizinhança ocidental, a começar nos países bálticos ou na Polónia. A Rússia ficaria sempre a ganhar e, por isso, não hesitaria, embora se tratasse de países da NATO. Procederia a um ataque rápido e de surpresa, e depois de ocupar algum território, sobretudo um corredor que lhe permitisse ligar a província de Kaliningrado à Bielorrússia e à própria Rússia, mostrar-se-ia pronta para assinar um acordo de tréguas.

Que alternativa nos resta?

Um mundo novo cada trinta minutos

As televisões que funcionam como canais de notícias 24 horas por dia querem coisas novas cada trinta minutos. Se há nada de novo, dizem quem estamos num impasse. E a expressão impasse passa a ser o tema durante uns dias, com uma série de comentadores a discorrer sobre a questão. Assim se cria uma falsa realidade, sem ter em conta que certas coisas precisam de tempo para ser levadas a cabo.

 

Os recentes golpes de Estado em África

Falando de golpes militares, não é correcto comparar os que aconteceram no Mali (2020), na Guiné-Conacri (2021) e no Burkina Faso (2022) com os de agora, no Níger e no Gabão. No essencial, os primeiros foram conduzidos por jovens oficiais que estavam insatisfeitos com a velha classe dirigente. A intenção, de um modo geral, era a de mudar o sistema de governação. Nos casos do Mali e do Burkina Faso, a dimensão “segurança interna” foi igualmente um factor importante. No Níger e no Gabão, tratou-se de procurar salvaguardar os interesses dos oficiais de patente mais elevada. Contrariamente aos “golpes dos capitães”, nestes dois últimos países estamos perante “golpes dos generais” e a continuação do regime, por outros meios e com gente fardada.

Quanto ao envolvimento russo, outro tema que é muito falado, nestes cinco casos apenas o Mali tem um acordo formal de defesa com os russos. Esse acordo tem sido, até agora, implementado pelos mercenários do Grupo Wagner. Não se sabe se este grupo continuará a intervir no Mali ou se será substituído por um outro.

Entretanto, os militares que governam o Mali decidiram pôr um termo à missão de paz da ONU, MINUSMA. Esta missão, que é enorme – cerca de 13 000 capacetes azuis e dois mil civis – deverá deixar o país até ao final do ano. Trata-se de uma tarefa enorme, quase impossível de realizar, tendo presente o tempo que resta. A decisão fará igualmente fechar várias embaixadas que estavam em Bamako em apoio à participação dos militares desses países na MINUSMA.

 

 

 

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