Nos fiordes
A política e as sacanices portuguesas, vistas de Oslo, perdem todo o sentido. Fazem, tão somente, muita pena.
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A política e as sacanices portuguesas, vistas de Oslo, perdem todo o sentido. Fazem, tão somente, muita pena.
Copyright V. Ângelo
Estou novamente a bordo de Air France, a caminho da África Central, num velho avião que é o machibombo diário dos trabalhadores Texanos do petróleo. Faz a rotação entre Paris e N'Djaména, os homens voltam aos campos de exploração do ouro negro. Os assentos --melhor diria, as banquetas --que restam são vendidos ao preço do verdadeiro ouro aos pobres diabos como eu.
Na semana passada, na viagem em direcção ao Norte, a companhia teve a graça de me perder a mala. Entrámos em N'Djam'ena com bagagem, saimos em Paris de mãos a abanar. Como não houve nenhuma paragem pelo caminho, deve ter caído por um buraco da fuselagem. Apareceu três dias depois, penso que morta de sede, que atravessar o deserto não é para menos, em Zurique...Não há dúvida que mesmo em tempo de crise profunda, muitos dos caminhos de África vão dar aos bancos Suíços, ou pelo menos, aos principais centros financeiros.
Entretanto, eu estava em Nova Iorque...
Copyright V. Ângelo
Noite de viagem. No desconforto de Air France, num avião com lugares a preços de roubo e com a comodidade de um banco de pau. Falo na classe de cima, que a secção sardinha leva o pessoal todo enlatado.
Grandes negócios. A mania de quem pensa que ainda conta à maneira grande e não vê a concorrência a surgir de todos os lados.
Vou a coxear, que a minha direita está sem forças.
E hoje, não há política, que os tempos não dão para folias, nem para loucuras.
Copyright V. Ângelo
Este camarada não apoia os rebeldes, não anda aos tiros pelo mato da vida, não pensa fazer contestação interna no partido frouxo-democrático, não se vai apresentar contra o Tio de Bruxelas, nem tem vocação para camaleão. Nem é mais um desempregado candidato infeliz a um posto de trabalho bem modesto, mas que não existe.
Um malabarista do comentário político torce-se hoje no DN, para explicar que a questão da segurança tem muito que ver com a falta de investimentos em prisões, por parte dos vários governos que nos têm regido. É uma maneira de nos passear por questões que pouco têm que ver com o problema central da insegurança e com o facto de que a situação se agravou de modo muito acentuado nos últimos dois anos.
A segurança é uma tarefa fundamental da governação, nas suas múltiplas facetas de prevenção, informação, resposta, repressão e administração de justiça. Quando os indicadores de segurança entram em quebra é a competência do governo, no seu conjunto, que está em jogo. Sejamos claros.
Esta do D. Nuno Alvares Pereira, anunciada no dia dos Óscares de Hollywood, até parece fita...Não lembraria nem ao Diabo, que Deus tenha... Será uma candidata muito séria ao Óscar da Palhaçada e do Faz-de-Conta.
Aquele Cardeal com olhinho maroto, que se ocupa destas coisas tão divinas num gabinete escuro do Vaticano, quando não esta' a falar dos casamentos do mesmo sexo que o nosso Partido maior acha serem a grande linha de demarcação entre a Esquerda e os Canhotos, saiu-se hoje com esta preciosidade que tanto jeito da' , num ano de crise. E' que vão ser vendidas mais estatuetas, passara' a haver mais viagens de peregrinação, mais comes e bebes, ganha o sector dos serviços e também o patriota do vinho tinto ao garrafão, incluindo o que se vende na Adega do Poder Formal.
Mais não acrescento, pois cada um sabe dos seus santos.
A fotografia "Sem intencionalidade política", publicada há dois ou três dias, foi entendida por alguns dos leitores como tendo intencionalidade. Viram nesse post toda uma série de mensagens. Pobre de mim. Mas, compreendo, de certo modo. Penso que por se tratar de uma natureza morta foi vista por esses leitores como uma verdadeira representação da política nacional.
Copyright V. Ângelo
Barco de pesca chinês ancorado no porto de Freetown, na África Ocidental, pronto a levantar ferro para mais uma expedição de pesca.
A licença de capturar vale um pouco mais do que o papel e tinta em que está impressa.
O peixe é processado na Guiné para poder entrar na Europa sem impostos.
É só ganhar, ganhar, excepto para as populações locais e para a conservação das pescarias...
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