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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

A epidemia em território europeu

Neste final de dia, o que se pede a quem tem peso na opinião pública é que mantenha a calma. As autoridades italianas tomaram as medidas que se impunham. E o tratamento da epidemia é eficaz. A taxa de mortalidade é baixa, embora seja cerca de dez vezes superior à da gripe comum nesta altura do ano. O grande problema reside na facilidade do contágio. O outro diz respeito ao alvoroço social que a epidemia provoca. Essa é uma questão muito importante. Por isso, falar de fecho de fronteiras no espaço Schengen é uma posição alarmista. Deve ser evitada.

Existe igualmente uma grande preocupação com o impacto económico deste surto. As bolsas mundiais reflectiram essa inquietação. Os principais índices perderam 4% ou mais. E as perdas irão continuar, se surgirem novos focos da epidemia. Isto mostra o grau de interdependência que existe entre as grandes economias mundiais.

Assunto a seguir com atenção.

 

 

Confusões e inquietações

Os investidores nas empresas europeias que compõem o Euro Stoxx 600 perderam hoje cerca de 180 mil milhões de euros. Este montante evaporou-se por causa das preocupações existentes sobre a evolução da epidemia de coronavírus. Esta perda de capital tão elevada não pode ser apenas explicada por razões de amedrontamento momentâneo. Há, por detrás dos números, a questão da incerteza, o não se saber ainda quando será possível controlar a epidemia.

Vários laboratórios de empresas multinacionais estão neste momento a tentar encontrar uma resposta médica, uma vacina, nomeadamente.

Mas há também a dimensão humana. É preciso ganhar o apoio das populações mais expostas. E aí, a China está a encontrar uma série de dificuldades que até agora desconhecia. As pessoas recebem todo o tipo de informações por meio das plataformas sociais, apesar das tentativas de censura, e cada um reage à sua maneira, muitas vezes disparatadamente. Ainda hoje um amigo meu, que vive no Sul da China, me contava que a sua área residencial foi inteiramente pulverizada com um insecticida que é utilizado para combater o mosquito da febre do dengue. Não serve de nada para impedir a propagação do coronavírus, mas ilustra bem que cada região procura tratar de si, seja como for.

Isto é algo de novo no país. Sem falar de caos, podemos dizer, todavia, que há muita confusão na China de hoje.

Os burros e as saias

Quando uma parte da elite intelectual se entretém com reflexões sobre um homem de saias, podemos ter a certeza que algo está muito mal, neste nosso pequeno canto do mundo. Rimos e espraiamo-nos na parvoíce, como se procurássemos fazer chorar as pedras da calçada. Uma boa fatia da nossa classe intelectual é, pura e simplesmente, bacoca.

Os opinadores portugueses

Ontem, alguém que gostou da minha apresentação sobre o papel da sociedade civil na resposta às questões da geopolítica, que era o cerne da palestra que fiz na Casa da Cidadania, perguntou-me por que razão não falo mais vezes em público em Portugal. Sabia que o faço frequentemente no estrangeiro e estava admirada por o mesmo não acontecer por aqui.

Respondi que não queria incomodar os fazedores de opinião que primam em Portugal. É que eu falo com base na experiência vivida ao longo de quatro décadas, em muitos teatros de crise e de decisão, e não com base na leitura de textos escritos por outros. Mais. Falo directo, quer seja politicamente correcto quer não.

Isso não passa bem. Em privado, contei a história de um ex-ministro que esteve, há uns anos, num painel em que participei e que se sentiu atacado pela minha franqueza. Ficou nervoso e incomodado. Depois da conferência, moveu portas e travessas, e todas as influências que tinha, para tentar atacar o meu bom nome. É verdade que o não conseguiu. Mas ensinou-me uma lição. Em Portugal, não se atiram pedras ao charco em que vivem os que têm influência política e espaço na comunicação social. É perigoso. Os nossos sapos opinativos são, na verdade, príncipes encantados. Temos que os respeitar, fazer vénia e beija-mão.

Assim, muito por opção, deixo-os andar e vou, de vez em quando, falando aos cidadãos do dia comum. Foi isso que aconteceu ontem e a sala apreciou.

Condecorações, demagogia e primitivismo cívico

Por aqui, a demagogia e a asneira gostam muito de passear juntas. Desta vez, o motivo tem que ver com as condecorações atribuídas pela Presidência da República, no quadro das ordens nacionais. Alguma comunicação social e certos utilizadores das plataformas cibernéticas têm escrito trinta por uma linha sobre essas comendas e mesmo proposto que fossem abolidas.

A verdade é que todos os países atribuem condecorações a cidadãos que, por um motivo ou outro, se tenham distinguido de modo especial. É verdade que algumas dessas distinções honoríficas têm uma forte matiz político-partidária. O exemplo mais perto de nós é o do Reino Unido, com o gabinete do Primeiro Ministro – uma casa absolutamente partidária – a escolher quem será ou não condecorado. E, mais problemático ainda, com graus em cada ordem, que podem dar direito, ou não, ao enobrecimento do beneficiado. Esse enobrecimento é importante, quer em termos de estatuto social quer ainda de acesso a certas funções no sector privado. Mas o sistema está estabelecido e é aceite como tal, porque no essencial reconhece o mérito das pessoas escolhidas.

Soube-se agora que nos últimos 45 anos foram dispensadas 9477 comendas, pelos diferentes Presidentes portugueses. Considerando que uma parte dos homenageados já deve ter falecido, teremos hoje à volta de um condecorado por cada 2000 cidadãos. Não me parece exagerado.

Também não vejo motivo de escândalo se umas trinta ou quarenta pessoas, do total dos condecorados, acabaram por ter um comportamento que não se coaduna com o reconhecimento público que lhes foi dado. Não será por aí que o gato irá às filhoses. Nem isso justifica a demagogia e a asneirada que por aí anda.

 

 

Somos muito vivos da cabeça

É tudo a disparar primeiro e a reflectir, quando reflectem, depois. Ou seja, continuamos a discutir o percurso de vida e a personalidade do mensageiro, em vez de nos interrogarmos sobre a mensagem, o seu conteúdo, alcance e implicações.

Notas sobre o racismo

Vivo há mais de quarenta anos no estrangeiro. Durante esse período, conheci muitas situações de racismo, dos mais diversos sinais e sentidos. Incluindo o racismo do “Norte” da Europa contra os “brancos”vindos do Sul do continente. Por isso, vejo com um sorriso silencioso o que se tem escrito sobre o racismo em Portugal. Sobretudo quando são escrevinhadores que pouca ou nenhuma experiência têm de vida noutras sociedades. Mais ainda, quando essas pessoas pertencem aos círculos mais ou menos privilegiados da sociedade lisboeta ou similar. A visão que apresentam tem as suas raízes numa mera especulação sobre o que será o racismo. Ora, esta questão é muito complexa, bastante facetada, tem muito que se lhe diga. Aprendi isso quando visitei Bruxelas pela primeira vez, em 1968, e, dez anos mais tarde, quando me instalei em São Tomé, em 1978.

Mas enfim, para que não haja dúvidas, deixo aqui dito que é importante que se debata o tema. Sobretudo quando a sociedade portuguesa se torna mais multifacetada. E também é fundamental que se diga, alto e bom som, que o racismo é sempre inaceitável. Conviria, aliás, começar a dizê-lo com clareza nas escolas, nos diferentes graus do nosso sistema de ensino.

O ministro gosta do politicamente "vai com a onda"

O Ministro da Administração Interna deveria mostrar um pouco mais de iniciativa. E menos medo político.

Cabe-lhe explicar, de modo claro e sem qualquer timidez política, que a Polícia de Segurança Pública é uma instituição fundamental da ordem democrática portuguesa e que tem investido imenso, nos últimos 30 e mais anos, na formação dos seus oficiais e agentes. Poderá, num caso ou outro, haver deslizes e comportamentos inaceitáveis. Mas, no seu conjunto, é uma instituição que deve ser respeitada. Faz um trabalho comparável ao que de bom se faz na Europa. O seu papel é fundamental para o bom funcionamento da sociedade portuguesa.

E é esse papel que o seu pessoal procura desempenhar dia e noite.

Ciganos

http://www.obcig.acm.gov.pt/documents/58622/201011/estudonacionalsobreascomunidadesciganas.pdf/89b05f10-9d1f-447b-af72-dac9419df91b

Este é o link para um estudo sociológico sobre as comunidades ciganas em Portugal, efectuado em 2014, com o patrocínio do Alto Comissariado para as Migrações. Continua a ser o retrato social mais completo sobre os ciganos portugueses.

Um estudo esquecido, que deveria ser lembrado. E completado por um outro, que das atitudes que os portugueses não-ciganos adoptam face aos membros desta comunidade que vive nas margens do nosso quotidiano, excepto nos maus momentos.

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